Artistas

Ver índice de artistas

Acervo MAM-SP/Divulgação

"Solos", 2005-06 (Acervo MAM-SP/Divulgação)

João Modé

Nasceu em 1961 em Resende, Rio de Janeiro.
Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

João Modé é um artista cuja linguagem não cabe em único suporte. Trabalha sobretudo com vídeo, fotografias, instalações, ações com a participação do público e intervenções na arquitetura.

Na 28ª Bienal de São Paulo, o artista apresenta mais de um trabalho. Em um deles, uma corda, presa numa árvore do parque Ibirapuera, atravessa as vidraças do prédio da Fundação Bienal, onde uma de suas extremidades estará presa a um dos pilares. Outra obra de Modé nesta Bienal é um livro de imagens, uma espécie de caderno de notas visuais. Ambos narram, de algum modo, o processo particular de aproximação de Modé com o Pavilhão da Bienal. "É um prédio muito importante, muito ligado à minha formação como artista", diz Modé. Da mesma forma, as obras funcionam como metáfora de um processo de aproximação entre o público e o evento.

Modé é arquiteto e graduado e mestre em linguagens visuais. Seu trabalho foi convidado para o coletivo "Panorama da Arte Brasileira", em 2007, no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo. Modé expôs ainda no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, e no Centro Cultural São Paulo. Também já participou de mostras na Colômbia, na Suíça, na França e em outros países europeus. Foi um dos artistas da coletiva "Futuro do Presente", em 2007, no Itaú Cultural. No mesmo ano, passou um mês em uma residência artística em Belle Isle, na costa da Bretanha, na França. Lá desenvolveu outra parte de seu projeto para a Bienal, uma série de dez vídeos que registram a passagem do tempo.

O tempo, aliás, é um tema recorrente no trabalho de Modé. Em "Saudade", o artista registra o rastro de um barco –-o simples movimento das águas, que aparecem inicialmente turbulentas até ficarem calmas. A turbulência que se esvai em quietude é uma alusão ao tempo, sim, mas é também uma alegoria do sentimento de saudade.

Desde 2002, Modé realiza o projeto "Rede". O artista deposita estrategicamente corda e linha em um determinado lugar, para que o público interaja e crie ele mesmo a tal rede (e sejam co-autores da obra). A ação lúdica quase sempre resulta num emaranhado de cordas, uma teia. O trabalho foi desenvolvido inicialmente no Museu de Arte Moderna do Rio e já foi apresentado em várias cidades brasileiras e do exterior.

Acervo do artista

"Musica para los Animales y las Cosas" (2007)

EDIÇÕES ANTERIORES

GUIA DE RESTAURANTES

Mais Guias