"Glossies", Institute of Contemporary Art, Philadelphia (Divulgação)
Nasceu em 1944 em Los Angeles, EUA.
Vive e trabalha em Nova York.
Allan McCollum realizou a sua primeira exposição individual em 1971 e desde então construiu um extenso currículo de exposições no circuito de arte mundial incluindo a 43ª Bienal de Veneza (1988), a Dokumenta 8 (1988) e a Bienal de Sidney (1990). Produziu dezenas de obras para o espaço público em cidades nos EUA e na Europa. É professor há mais de três décadas e lecionou, entre outras instituições, na Florida State University, Rhode Island School of Design, Bard College/Center for Curatorial Studies, Columbia University, Yale University e MIT - Massachusetts Institute of Technology. Participou de outras exposições com curadoria de Ivo Mesquita, "Fotogramas: Arte e Cinema na Coleção de Marieluise Hessel", que passou por São Paulo e Rio de Janeiro, em 1997 e 1998.
Na 28ª Bienal de São Paulo, McCollum vai mostrar uma instalação composta de uma série de 1.800 desenhos chamada simplesmente "Desenhos" ("Drawings"). Estes desenhos foram feitos em 1988 por meio de um processo que combina a produção em série e a intervenção exclusiva.
O sistema criado por McCollum começou com o desenho de três linhas curvas feitas à mão. Depois de produzir variações e distorções em cada linha curva, combinou-as compondo uma espécie de vocabulário. Depois de feitos centenas de desenhos dessa maneira, eles serviram de base para a criação de cerca de 200 moldes plásticos, que foram então usados na composição de outros desenhos.
Sua idéia com este trabalho foi produzir símbolos que significassem simultaneamente uma unidade e uma individualidade. "O que me interessa são os modos como uma ‘imagem’ pode convidar uma variedade de pessoas a considerarem a si mesmas como um grupo, como pode acontecer com os brasões de família, logos, bandeiras e outros. Unimos-nos em torno de imagens e símbolos, bem como em torno de idéias", diz.
Segundo Allan McCollum, vivemos um paradoxo da tentativa de pertencer a um grupo e ao mesmo tempo nos diferenciarmos como únicos. Nesse contexto, os símbolos podem ser usados tanto para aproximar as pessoas quanto para separá-las.
O questionamento que motivou a criação de "Desenhos" permaneceu: "Poderia um conjunto de símbolos representar nossos sonhos de unidade e nosso amor pela diversidade, ao mesmo tempo?" Com esta instalação na 28ª Bienal, McCollum espera poder produzir uma reflexão, "imaginar um mundo maior do que normalmente imagino e talvez ajudar outros a fazer o mesmo", conclui.
Exposições individuais e coletivas mais recentes
"Lost Objects", Alan McCollum
"Visible Markers", Alan McCollum
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