Reactions podem moldar nosso comportamento online
Fonte: giphy.com
Desde o ano passado, pipocavam boatos pela internet insinuando que Mark Zuckerberg finalmente cederia ao apelo popular criando um botão “Não Curti” para o Facebook. Muito suspense depois, descobrimos que não foi dessa vez: em lugar do polegar de ponta-cabeça, o CEO liberou quatro botões inéditos como alternativas ao bom e velho “Curtir” – que foram testados por usuários espanhóis e irlandeses antes de chegar ao Brasil, em fevereiro deste ano. Mas, afinal, o que o Facebook quer com as novas reações "Amei", "Haha", "Uau", "Triste" e "Grr"?
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De acordo com a própria empresa, o objetivo dos botões é reforçar a empatia entre os usuários. Por um lado, faz sentido: quem nunca ficou na dúvida se curtia ou não o famoso combo ‘post com notícia de morte + declaração de amor póstuma’ feita por algum amigo? O mesmo serve para posts em que a gente quer mostrar solidariedade à indignação de alguém, mas a notícia é tão cabulosa que não dá para simplesmente apertar o “Curtir”.
Por outro lado, nem só de boas intenções vive a rede social mais poderosa do mundo. As reações do Facebook são especialmente interessantes para as empresas que anunciam ali. Antes, elas só conseguiam contabilizar curtidas; agora, fica muito mais fácil entender o que os clientes sentem em relação aos produtos ou serviços anunciados.
Outro ponto curioso é a forma como o logaritmo da rede funciona. Em posts de portais, empresas e pessoas públicas, os comentários mais curtidos ganham destaque em relação aos outros, não importando o horário e a ordem em que foram escritos. Pode parecer burrice deles, mas nunca é: esse mecanismo de destaque é uma forma sutil que a rede usa para “ensinar” aos usuários como devem se portar.
Basicamente, o Face tenta destacar o que se supõe que sejam os comentários mais sensatos – e que, portanto, são os mais curtidos. É lógico que, às vezes, o tiro sai pela culatra (ainda mais no Brasil, país da zoeira na internet). De qualquer forma, as reações do Face não deixam de ser, para o usuário médio, mais uma influência no comportamento online. Você vê ali um coraçãozinho, não resiste e acaba clicando para sinalizar que também amou aquele post.
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