05/12/2008 - 20h01

Manifestação promete enterro simbólico de curadores e presidência da Bienal neste sábado

Da Redação

O criticado vazio da 28ª Bienal de São Paulo será alvo de uma nova manifestação contrária às 9h deste sábado, dia 6, último dia do evento, na entrada do pavilhão, no parque Ibirapuera. Um grupo de artistas mobilizados por Antonio Peticov e sua mulher, a escritora Cíntia Oliveira, pretende promover um enterro simbólico da presidência da Bienal e dos curadores desta edição, Ivo Mesquita e Ana Paula Cohen.

O movimento é uma iniciativa de Cíntia em reação à notícia de que Caroline Piveta da Mota, 23, que participou da pichação no segundo andar da Bienal em 26 de outubro ainda está presa. Desde então, a escritora e Peticov vêm entrando em contato com diversas pessoas do meio artístico para promover essa manifestação. "Eu me formei com as bienais e elas foram muito importantes para muita gente. O que está se fazendo agora é um desperdício. Fui ao prédio novamente hoje e tinha apenas crianças brincando no escorregador. Essa bienal nos causa grande tristeza", disse Peticov em entrevista por telefone ao UOL.

As críticas do artista não são dirigidas apenas à curadoria desta edição da Bienal, mas também à Fundação Bienal, presidida por Manoel Pires da Costa. "O problema não é o andar vazio, é o vazio intelectual. Esse vazio nos ofende e nos machuca. É uma falta de respeito com o público. Estamos propondo um enterro da curadoria e da presidência da Fundação Bienal que se prova cada vez mais inepta", afirmou Peticov. "Temos dois caixões de papelão, será um ato simbólico. Tão pobre quanto é pobre a Bienal", completou.

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