A 12ª Bienal apresentou uma mostra de artistas nacionais confusa. Escolhidas por seis júris regionais (Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo) as obras não caracterizavam um conjunto. Por mais que se tentasse justificar o critério da regionalização, a opção deixou de fora trabalhos de qualidade. O número de artistas cortados foi tão significativo que a edição ficou conhecida como a "Bienal dos Recusados".
Ao lado da organização por representações nacionais, em que cada país enviava trabalhos segundo seus próprios critérios, a mostra brasileira foi vista pela crítica como mal concebida e mal montada.
A artista Maria Bonomi radicalizou nas críticas: "Esta exposição é um amontoado de coisas, armazém do naturalismo programado, exibido e consumido sem nenhum fio condutor que expresse o valor e a importância do gesto artístico para o homem de hoje. Ela está comendo cada vez mais os próprios excrementos".
Em uma edição marcada por diversos trabalhos de caráter lúdico, em que os visitantes podiam interagir com as obras, alguns críticos também chegaram a acusar uma suposta transformação do pavilhão da Bienal em um "parque de diversões".
Apesar das críticas, a exposição destacou-se por uma pequena, mas significativa, mostra retrospectiva do pintor russo Wassily Kandinsky. E por cinco salas especiais que homenageavam artistas brasileiros mortos naquele ano: Flávio de Carvalho, Tarsila do Amaral, Ivan Serpa, Waldemar Cordeiro e Maria Martins.
Em 1973, surgiram na Bienal os primeiros trabalhos que usavam os meios de comunicação como linguagem nas artes plásticas, notadamente o vídeo. Entre os "artistas-comunicadores", estavam o canadense Eric Marshall McLuhan (filho do famoso teórico da comunicação Marshall McLuhan), o americano Richard Serra e o argelino Fred Forest, que usava uma câmera de vídeo para fazer abordagens provocativas com as pessoas nas ruas da cidade.
- Cláudio Moschella
- Jean Michel Folon (Bélgica)
- Leonardo Matsoso (África do sul)
- Klaus Rinke (Alemanha)
- John Armstrong (Austrália)
- Dario Vilalba (Espanha)
- HC Westermann (EUA)
- Hegues Patrice (França)
- Amália del Ponte (Itália)
- Chihiro Shimotani (Japão)
- Franciszek Starowiesk (Polônia)
- Bohdan Mrazek (Checoeslováquia)
- Armando Sendin (Brasil)
- Cláudio Mosquella - Cartaz
- Miguel Berrocal - (Espanha)
- Sérgio Augusto Porto (Brasil)
- Arquivos Folha de S. Paulo
- "As Bienais de São Paulo / 1951 a 1987", de Leonor Amarante
- "Bienal 50 anos", organizado por Agnaldo Farias
- Site oficial do Museu de Arte Moderna de São Paulo
- Fundação Bienal de São Paulo.
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