A Bienal de São Paulo realizou a sua sétima edição completamente desvinculada do Museu de Arte Moderna - MAM. O desejo de opulência de Ciccillo atingiu o auge nessa edição. Desde a primeira Bienal, os críticos o acusavam de querer um evento com mais bandeiras que a Bienal de Veneza.
Com mais de 5 mil obras, de 55 países, a 7ª Bienal foi inchada e pecou pelo excesso. Além dos novos países integrantes, a mostra brasileira também apresentou um volume muito grande de obras.
O escritor e crítico Paulo Mendes de Almeida lamentou o excesso entre os brasileiros. "Isso não tem sentido nem propósito e o que resulta, mesmo depois da triagem procedida pelo júri de seleção, é um amontoado enorme e incongruente de telas, desenhos e gravuras que impedem qualquer observador de ter um idéia do que se passa exatamente em nosso meio e do que representam nossos artistas".
Mesmo com o transbordamento de obras, o Brasil apresentou trabalhos destacados, como os de Renina Katz, Felícia Leirner e Faiga Ostrower mas principalmente nas salas de Luiz Piza e Ligia Clark.
Entre as representações estrangeiras destacou-se o norte-americano George Segal, com um trabalho escultórico que apresentou assemblages e uma forte adesão à pop art, movimento que viria a predominar nas edições seguintes.
- Danilo Di Prete
- Yolanda Mohalyi - Pintura
- Felícia Leirner - Escultura
- Roberto De Lamonica - Gravura
- Darel Valença Lins - Desenho
- Danilo Di Prete - Cartaz e Catálogo
- Adolph Gottlieb (EUA) - Grande Prêmio
- Alan Davie (Grã-Bretanha) - Pintura
- Arnaldo Pomodoro (Itália) - Escultura
- César Olmos (Espanha) - Gravura
- Kurt Sonderborg (Alemanha) - Desenho
- Arquivos Folha de S. Paulo
- "As Bienais de São Paulo / 1951 a 1987", de Leonor Amarante
- "Bienal 50 anos", organizado por Agnaldo Farias
- Site oficial do Museu de Arte Moderna de São Paulo
- Fundação Bienal de São Paulo.
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