De Annabelle a A Freira: ranking dos filmes do universo de Invocação do Mal

Annabelle 3: De Volta Para Casa é o mais novo capítulo do popular universo de Invocação do Mal no cinema. Sem contar o terceiro título sobre a assustadora boneca, já tivemos seis filmes sobre esse mundo sombrio e de horror e mais de US$ 1,5 bilhão nas bilheterias mundiais.

Reunimos a seguir uma lista do pior ao melhor filme do universo de Invocação do Mal, que já deu medo falando sobre uma freira demoníaca, uma boneca de porcelana que atrai espíritos malignos e possessões de fantasmas.

A Freira (2018)

A protagonista do filme apareceu pela primeira vez em Invocação do Mal 2 e o sucesso foi tanto que ela ganhou um projeto solo -- que não precisava. O filme tenta juntar o medo com a comédia e falha miseravelmente em ambos os gêneros. Os sustos são bobos, temos as mesmas cenas de sempre com fantasmas que cruzam corredores, sangue que não seca, alucinações que parecem saídas de heróis da Marvel e até batalhas demoníacas que seriam ideias para o tipo de humor de Um Maluco no Golfe, do Adam Sandler. Porém, o filme arrecadou US$ 365 milhões com um custo de US$ 22 milhões. Não precisou muito para que uma sequência fosse anunciada.

A Maldição da Chorona (2019)

O filme que estreou neste ano aborda o popular folclore da América Latina, mas o roteiro fraco e os "jump scares" (os sustos fáceis) esperados não dão vontade para revisitar o filme. A Maldição da Chorona não tem personalidade suficiente para desenvolver mais a história, que é ligada ao universo de Invocação do Mal graças ao Padre Perez (Tony Amendola), que apareceu no primeiro Annabelle para ajudar o casal Mia e John a derrotar a sinistra boneca.

Annabelle (2014)

Annabelle tem defeitos, o orçamento foi muito modesto e o filme exagera com os sustos fáceis. Ainda assim, o diretor John R. Leonetti entrega sequências criativas, como o momento em que a criança demoníaca corre em direção a uma porta e em seguida aparece mais velha. É interessante também a relação do casal Mia e John, um quê de Bebê de Rosemary da década de 70. O filme ainda sacramentou o mito da Annabelle e popularizou a figura da boneca.

Invocação do Mal 2 (2016)

A Londres suburbana dos anos 70 serviu como pano de fundo para a história da família Hodgson, que se muda para uma casa assombrada. A grande vilã aqui é Valak, mais conhecida como a freira demoníaca. O casal Warren é chamado para tentar desvendar o caso e dar um fim aos fenômenos sobrenaturais. O filme segue a qualidade do título anterior, com ótimas cenas de terror graças ao olhar certeiro do diretor James Wan. Mesmo que não seja considerado um clássico, é inegável que a franquia Invocação do Mal sabe apresentar personagens marcantes, e a Freira rouba a atenção neste caso, ajudada pelo excelente elenco infantil.

Annabelle 3 (2019)

O filme mais recente aposta mais no humor e, diferentemente de A Freira, se sai muito bem. O filme não inventa a roda, não tem nada de novo, mas é divertido. O curioso é que o longa expande a franquia não se levando tanto a sério, o que funciona muito bem na trama centrada pela filha do casal Warren e sua babá, em um final de semana trágico. Há cenas competentes para assustar -- cuidado com o barqueiro! -- e o roteiro simples não fica a dever com pretensões maiores.

Annabelle 2: A Criação do Mal (2017)

Antes de se aventurar no mundo dos super-heróis com Shazam!, David F. Sandberg dirigiu Quando As Luzes se Apagam (2016) e na sequência contou a origem da Annabelle. O enredo mostra um casal que perdeu a filha e que foi enganado por um espírito. O pai construiu uma boneca de porcelana para que a menina vivesse com eles para sempre, mas a entidade na verdade era um demônio que buscava a destruição. O clima sombrio é bem construído e o orfanato sinistro que recebe as crianças consegue dar medo fácil.

Invocação do Mal (2013)

James Wan foi o responsável pelo primeiro e melhor filme. Em Invocação do Mal, o cineasta não precisou de muitos efeitos visuais ou um orçamento inchado para conseguir assustar. A boa trilha sonora -- que surge apenas de forma precisa e sem exagero --, o uso inteligente do claro e escuro, sequências criativas (lembra das palmas no porão?) e o ótimo trabalho de maquiagem dos monstros fazem do filme um clássico do terror no século 21. De Longe, o primeiro Invocação do Mal é o melhor longa do universo que ele criou.