29ª Bienal de Arte de São Paulo

1955 | Brasil

A pintura de Daniel Senise é resultado de uma mistura entre o produto e a sobra, o presente e o passado. Integrante da Geração 80 brasileira, o artista vive e trabalha no Rio de Janeiro.

1969 | Bélgica

A obra de Claerbout usa o tempo como um elemento estrutural, fazendo a associação da imagem instantânea da fotografia com a construção, em vídeo, de narrativas lentas, inertes e sugestivas.

1963 | Brasil

O artista piauiense vem desenvolvendo nos últimos anos instalações e intervenções que articulam questões da arte com temas atuais. Nesta Bienal, ele apresenta a instalação "Antônio Conselheiro não Seguiu o Conselho", composta por uma trincheira de mais de mil lâmpadas frias tubulares queimadas, lâminas de vidro, hastes de ferro e contêineres conectados por simples apoio, sem procedimentos de fixação.

1930 | África do Sul

Filho de judeus lituanos exilados, David Goldblatt começou a fotografar motivado pela sua vivência na África do Sul durante o Apartheid. Evitando recursos fotográficos que afastem a imagem capturada da sua atmosfera original e documentando as relações geopolíticas que moldaram as estruturas sociais do país, sua obra foca pessoas, ambientes e valores.

1946 | Argentina

David Lamelas realiza propostas escultóricas em que o fundamental não é a materialidade física dos volumes e objetos. O espaço incide conceitualmente em seus trabalhos, oferecendo-lhe possibilidades de assimilação de diferentes culturas e conhecimentos, bem como de ampliação da consciência temporal e sobre os deslocamentos do corpo.

1973 | Croácia

Construída a partir do fim do regime comunista e da separação da antiga Iugoslávia, a obra de David Maljkovic lida com as representações do futuro, tomando como ponto de partida os projetos utópicos do século 20.

1964 | Lituânia

A produção de Narkevicius é essencialmente em vídeo, embora assinale incursões pontuais nos campos da escultura, fotografia e instalação, bem como na crítica e na curadoria. A Europa do Leste é a locação recorrente dos filmes do artista, que relatam a experiência politicamente conturbada da história coletiva recente de seu país, a Lituânia.

1965 | Espanha

A artista espanhola trabalha com vídeos e instalações, roteirizando estruturas narrativas simples com elementos ficcionais. Diferentemente de uma escritora de teatro ou de cinema, no entanto, a artista elabora seu argumento apenas até a entrada em cena de seus atores e textos, deixando o enquadramento e a evolução dos movimentos em aberto.

1966 | Escócia

O trabalho de Douglas Gordon é autorreferencial e desdobra-se como uma exposição de transformações do corpo e da obra do artista, explorada a partir da fotografia, do vídeo e da escultura.

1955 | Brasil

O artista carioca manipula representações de natureza por meio de fotografias e instalações, deslocando os objetos para uma situação ambiental específica. Coimbra também trabalha com escultura em sua obra.

1979 | Argentina

Eduardo Navarro lida com espaços de convívio e com os hábitos sociais, a partir dos quais elabora trabalhos experimentais, atuando a partir das possibilidades da arte em contato com a realidade, sem intenções de mesclar essas duas instâncias.

1964 | Boa Viagem | Brasil

As esculturas de Efrain Almeida, feitas com madeira, abordam temas como a religião e o imaginário popular nordestino. O artista cearense vive e trabalha no Rio.

1970 | Palestina

O artista vive e trabalha em Ramallah, Palestina e Nova York, EUA. O trabalho de Emily Jacir abrange diversos meios e estratégias, incluindo cinema, fotografia, intervenções sociais, instalações, performances, vídeo, textos e som.

1961 | Argentina

O artista argentino vive e trabalha na Cidade do México. Jezik trabalha com esculturas em sua obra, utilizando maquinários pesados, como escavadeiras, empilhadeiras e martelos hidráulicos. Jezik também é conhecido por efetivar processos de invasão de espaços expositivos e institucionais.

1964 | Rio de Janeiro | Brasil

A obra do artista carioca é ligada a escultura e instalação. Com o passar dos anos, Ernesto Neto passou a se dedicar a construção de obras que convidam o público a habitá-las. O artista vive e trabalha no Rio de Janeiro.

1960 | Santana do Livramento | Brasil

Fernando desenvolve uma pesquisa dedicada aos meios de expressão, sejam eles relacionados a pintura, escultura, performance, fotografia, vídeo ou instalação. O artista também usa da escala pública e urbana como laboratório, e desenvolve trabalhos híbridos que se valem da fusão para problematizar a natureza e a condição física dos seus suportes.

1975 | Porto | Portugal

O trabalho de Filipa César é dominado por elementos do vocabulário cinematográfico: o narrativo e o documental, a edição e a montagem. Os temas que aborda, muitas vezes originários da sociologia ou antropologia, refletem sobre sua identidade social, política e cultural, e sobre a necessidade de uma atualização das formas de registro do passado próximo.

1966 | Pekan Baru | Indonésia

O trabalho de Fiona Tan reflete sobre os mecanismos de representação e interpretação de si e do outro, usando o vídeo e a fotografia como suportes.

1899-1973 | Brasil

Após estudar enegenharia na Inglaterra, o artista voltou ao Brasil logo após a Semana de Arte Moderna de 1922. Passou a atuar então nos campos da arquitetura, dramaturgia, pintura, desenho e animação cultural. Adiantando-se aos termos happening e performance, Flávio de Carvalho se dedicou à série "Experiências", com a qual pretendia investigar a psicologia das massas.

1959 | Antuérpia | Bélgica

O trabalho de Francis Alÿs utiliza fotografia, vídeo, escultura, pintura e performance como interações e articulações de seu imaginário com o cotidiano e os eventos da cidade e arredores. Assumindo múltiplos papéis, Alÿs promove e documenta novas fábulas, mitos, boatos e anedotas, como alguém que pesquisa um espaço ao mesmo tempo que o inventa.