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João Vicente enaltece Porta dos Fundos: "Não vamos parar de lutar"

Porta dos Fundos - Reprodução
Porta dos Fundos Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/12/2019 22h30

O grupo humorístico Porta dos Fundos se tornou um dos assuntos mais comentados do Brasil, neste mês, devido ao especial de Natal produzido por eles para a Netflix, que acabou gerando uma onda de indignação no meio religioso por conta de sua representação de Jesus Cristo.

A comoção por conta da polêmica culminou no ataque à bomba na sede da produtora do Porta dos Fundos, que aconteceu no dia 24, véspera de Natal. Desde então, o grupo tem recebido centenas de mensagens de solidariedade da classe artística

Um dos membros do Porta, João Vicente de Castro usou seu Instagram para enaltecer o trabalho dos humoristas. Ele escreveu um longo texto, acompanhado de uma foto onde ele próprio aparece ao lado de outros humoristas que fazem parte do grupo —como Fábio Porchat e Gregório Duvivier— e explicou a sua visão a respeito da situação.

"Na foto está um grupo de pessoas que dedica a vida à arte. Nessa foto não estão todos os responsáveis por isso, temos uma equipe genial e um mundo de gente que cheia de amor que também ama a arte", começou o ator em sua postagem.

Em seguida ele afirmou: "Essa foto é pra agradecer o carinho que a quase explode nossos corações com tantas mensagens lindas. Não vamos parar de lutar pela nossa liberdade de expressão, por que sem ela não somos nada. É o que respiramos. Não vamos parar por nós. Não vamos parar por vocês", finalizou, usando as hashtags #naonoscalarao #violencianaovainosfazerparar e #nadanosfaráparar.

Nos comentários, ele colheu diversas manifestações de apreço. "Apoio total a vocês", disse uma. Outra afirmou: "Continuem fazendo a arte de vocês, precisamos dela". Outra apoiou: "Vocês são demais, fiquem firmes".

O UOL apurou que o grupo integralista Comando de Insurgência Popular Nacionalista, que reivindicou o atentado com coquetéis molotov à sede da produtora, também assumiu, há um ano, a autoria de um ataque a UniRio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro). Em dezembro de 2018, cerca de 11 integrantes do grupo roubaram bandeiras com dizeres antifascistas e, dias depois, publicaram um vídeo queimando os estandartes.

"Esse grupo já tinha praticado um ato que já tinha sido apurado", afirmou o delegado Fábio Barucke, subsecretário Operacional de Polícia Civil. Ao ser questionado se o ato era o ataque à UniRio, ele confirmou.