MC Rebecca fala sobre infância com a mãe presa: "Todo mundo comete erros"
MC Rebecca lançou o documentário Do 0 ao 150 bpm em um ano, em que relembra a ascensão da carreira no funk. No entanto, não só o profissional é retratado na produção; os assuntos envolvendo a vida pessoal também marcam presença.
Em entrevista ao site POPline, a funkeira falou sobre ter crescido longe da mãe, presa depois de um roubo, o que levou seus tios a cuidarem dela na infância.
"Esse documentário mostrará para as pessoas o que eu passo e o que já passei. Acho que foi a virada de chave! Ele tem, inclusiva, muitos momentos da minha vida que nem eu sabia direito, fiquei surpresa, por exemplo, com a história da minha mãe biológica. Eu sabia que ela já tinha sido presa, mas não como eu fui parar nas mãos dos meus tios. Não sabia direito a história que ela foi roubar e assim fui adotada pelos meus tios", conta.
No documentário, a mãe de MC Rebecca é responsável por narrar a história que ocasionou na separação das duas, a qual a própria artista desconhecia até então.
"Eu não sabia direito dessas histórias e no documentário a minha mãe biológica conta tudo. O meu avó teve que pagar um dinheirão pra me tirar do conselho tutelar e depois disso ele investiu nos meus estudos e foi aí que tudo começou. Desde os 6 meses de idade que eu fui criada pela minha tia, a quem chamo de mãe. Eu olho por tudo o que passei e não levo as coisas ruins. Só fiquei com as boas. Acho que penso muito na minha filha, eu quero ser uma mãe muito melhor pra ela. Quando ela nasceu, ela me deu uma esperança enorme. Eu não tinha noção como era ser mãe e aprendo muita coisa com ela", diz.
A funkeira revelou também que a sua relação com a mãe biológica a fez evoluir em diversos quesitos da vida.
"Não tenho trauma da minha mãe ter sido presa porque cresci durante toda a minha infância com ela presa. Então, meio que me acostumei. Acho que se eu tivesse crescido com ela e ela fosse presa agora, talvez me causasse algum estranhamento. Isso foi um momento ruim da vida dela. Acho que todo mundo pode ter cometido algum erro, mas também tem a chance de ficar de bem, ficar de boa e repaginar a vida. Acho que todo mundo merece uma segunda chance e me sinto feliz de dar uma segunda chance para a minha mãe e trazê-la para perto de mim. Eu aprendi a perdoar as pessoas na terapia mesmo elas me ferindo muito. Esse momento que a minha mãe foi presa, eu não sei exatamente o que ela passou no momento para ele ter sido presa. Então eu só exerço o perdão, finaliza.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.