Estúdio que pegou fogo em SP já teve a presença de mais de 700 artistas
Um incêndio tomou conta de um prédio no centro de São Paulo hoje, na rua General Osório. E um estúdio de gravação histórico foi atingido. A Gravodisc foi responsável por registrar músicas de diversos artistas famosos, como Adoniran Barbosa, Belo, Leandro e Leonardo e Elis Regina, entre muitos outros.
Em 59 de história, a Gravodisc teve mais 700 artistas gravados em um total acima de 400 mil horas de sessões em mais de 2,2 mil projetos.
A história da gravadora começou em 1960, criada por três pessoas: Antenor, João Callas e Carlos Moura. Seu objetivo inicial era dar suporte para uma agência de publicidade com objetivo de gravar orquestras com muitos elementos para comerciais de TV e rádio.
Além do uso publicitário, o estúdio era alugado para gravadoras e clientes independentes. Doze anos depois, o espaço, de grandes proporções, foi vendido para a Gravadora Continental. O local passou por um processo de modernização.
Em seu site, o estúdio se vangloriava pela preservação de artigos históricos, como um piano de cauda da Steinway & Son, de 1926. Foi ele que permitiu que nomes como Arthur Moreira Lima e João Carlos Martins, dois dos maiores pianistas do país, pudessem gravar em estúdio e não apenas em teatros adaptados.
Uma nova venda aconteceu em 1995, desta vez, a Warner Music comprou todas as coligadas da Continental. Foram três anos até Elcio Alvarez Pintan Filho, Aquilino Simões Filho e Cristiane Feris, ex-funcionários, comprarem o estúdio.
Também foi nos estúdios que passou o Exaltasamba. O cantor Péricles, inclusive, esteve na gravadora na última semana.
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