Rock in Rio: Os shows que valeram o ingresso do 1º fim de semana

E acabou a primeira parte! Ao fim de uma bateria de shows após os três primeiros dias do Rock in Rio 2019, separamos alguns destaques que certamente valeram o ingresso das apresentações que aconteceram na sexta, sábado e domingo.

Drake: Afinal, ninguém pôde ver na TV

Fãs de Drake que não puderam ir ao festival tiveram que se contentar com os relatos e vídeos das redes sociais na sexta-feira. Em uma passagem pra lá de conturbada pelo país, Drake fez sua estreia no Brasil em uma apresentação com 27 músicas. Os hits do canadense trouxeram os primeiros momentos de epifania no público do Rock in Rio. A grande maioria de 100 mil pessoas estava ali para vê-lo. Danças descontroladas, moshs com manos e manas, mãos pro alto no flow, pulos cegos, corinhos. Os hits solo do canadense foram ouvidos em toda a Cidade do Rock, entre eles In My Feelings, One Dance e God's Plan, que encerrou o show. A parceria com Rihanna, Work, também bombou. Vale lembrar também que o Multishow exibiu um show da ex-namorada do rapper durante sua apresentação no festival. Deboche de classe.

CPM 22 + Raimundos: Dobradinha certeira

A união do grupo de Brasília com os paulistanos se provou uma escolha certeira. As bandas de Digão e Badaui intercalaram seus hits em um setlist que compilou clássicos radiofônicos dos anos 1990 e 2000 e fez o público do Rock in Rio cantar a plenos pulmões. Em um dos poucos momentos de fala dos cantores, Badaui mandou o recado de que o rock está bem vivo no Brasil. "Dizem que o rock está morto. Quem está morto é quem pensa assim". As bandas deixaram o palco com Eu Quero Ver o Oco, dos Raimundos, e Um Minuto Para o Fim do Mundo, do CPM 22, com o público cantando do início ao fim.

Heavy Baile: O funk deu as caras no festival

Aos gritos de "grelinho", o público vibrava com o início da apresentação do Heavy Baile, sensação do funk carioca atual. O coletivo de Leo Justi, MC Tchelinho e DJ Thai donos dos hits Grelinho de Diamante, Maconha e Pente e outras preciosidades do funk pesadão ainda se juntaria a MC Carol e Tati Quebra Barraco, parceiras na música Mamãe da Putaria.

Foo Fighters: Infalível em festivais

Nós avisamos: por mais que o Foo Fighters não tenha muitas novidades, seus shows no Brasil sempre são infalíveis. E a banda de Dave Grohl não decepcionou. Eles montaram um repertório invejável para qualquer headliner. Gastaram hits desde o minuto que pisaram no palco. Times Like These, Everlong, The Pretender e Best of You foram só algumas das canções entoadas em uníssono pelo público. Mesmo com a apresentação previsível e que repete praticamente todas as passagens do grupo pelo Brasil, o Foo Fighters gravou mais um belo capítulo na suas história com seus fãs brasileiros.

Elza Soares: O discurso mais político do Rock in Rio

Elza Soares comandou aquele que pode ser considerado o show com o tom mais político do Rock in Rio 2019, até o momento. A cantora de 82 anos não poupou frases contra o racismo e a violência contra a mulher, pediu o povo nas ruas e disse que os brasileiros precisam aprender a votar. Enquanto se apresentava no palco Sunset com seus convidados, Elza fez várias intervenções, com falas em defesa das mulheres, dos negros e contra os machistas.

"Esse povo sofrido, que sonha com um lugar melhor para viver. Sonha, mas é preciso acordar, minha gente! Lutar! Gritar, ir para as ruas, aprender a votar! Nós não sabemos. Vamos para as ruas, vamos buscar os nossos direitos. Esse Rio de Janeiro acabado, esse Rio de Janeiro completamente distorcido. Cadê o povo? Cadê a voz da gente? Cadê as mulheres? Somos faladeiras, vamos falar até não aguentar mais", declarou Elza Soares no palco.

Ivete Sangalo - a colecionadora do Rock in Rio

Este foi o 16º show de Ivete em um festival da franquia Rock in Rio: foram nove shows nas edições de Lisboa, uma em Las Vegas, outra em Madrid e mais cinco em território brasileiro. A baiana cantou Anitta, homenageou o funk carioca, com um medley de sucessos do gênero, e levou seu axé depois de uma entrada triunfal. Ivete chegou ao palco sobre uma plataforma montada no meio do público, tocando bateria para cantar Eva, regravação que fez sucesso quando a cantora liderava a Banda Eva.