Tiro, porrada e bomba

Como aprender a fazer cenas perigosas em uma escola para dublês

Marcelo Daniel Colaboração para UOL, em São Paulo Simon Plestenjak/UOL

Durante uma chuvosa e quente tarde de domingo, o segundo andar de um sobrado da Vila Mariana, bairro de classe média de São Paulo, recebe lutadores de artes marciais, acrobatas, atletas, motociclistas e indivíduos destemidos em geral para aprender e aperfeiçoar habilidades para poderem atuar cenas perigosas para cinema, vídeos publicitários e TV.

Sim, trata-se de um curso de dublês, profissão que voltou aos holofotes desde que Brad Pitt interpretou o debochado e controverso Cliff Booth, substituto do personagem de Leonardo DiCaprio, em "Era Uma Vez em? Hollywood". Pelo papel no longa de Quentin Tarantino, Pitt abocanhou os principais prêmios de ator coadjuvante da temporada, incluindo aí seu primeiro Oscar, um Globo de Ouro e um Bafta, entre (muitos) outros.

No conteúdo exposto nessa sala de aula localizada na Zona Sul de São Paulo, estão socos, cotoveladas, facadas, empurrões, tiros dos mais variados calibres, incêndios, explosivos, quedas, saltos e atropelamentos. Mas, também, pertencem ao currículo temas como ética profissional, postura, interpretação e dicas de mercado.

A reportagem do UOL se juntou à corajosa classe para assistir a um dia da programação do Centro de Treinamento Tático Dublês e Atores, que oferece desde reciclagem a profissionais que já estão no mercado, até cursos completos, do zero, para quem nunca teve contato com a atividade dar os primeiros passos (ou chutes).

Já ciente da grade programática, que envolve artes marciais, quedas, saltos de veículos em movimento, "tocha humana" e disparos cenográficos com armas de fogo, quando recebi a solicitação prévia para que eu informasse peso, altura, condicionamento físico e modelo do manequim, tive medo que estivessem encomendando meu caixão e minha mortalha.

Simon Plestenjak/UOL

Uma carreira em construção

"A função do dublê ainda é mal divulgada nos dias de hoje, mas posso afirmar que está se profissionalizando, cada vez mais", garante o pesquisador de elenco e sócio da agência, Marcos Mascaretti, de 40 anos.

É por meio do pesquisador que acontece o primeiro contato entre um determinado filme em si e a equipe para as cenas de ação. "Nós recebemos um briefing, que geralmente integra o roteiro total da obra, e um segundo roteiro, menor, decupado apenas com as imagens de ação", explica.

É com base nesse descritivo, afirma, que estarão detalhes da cena como, por exemplo, um atropelamento de um ciclista, uma queda de escada, um tiroteio etc.

Simon Plestenjak/UOL Simon Plestenjak/UOL

Autorização do Exército

Aliás, por falar em tiroteio, imagine as cenas de ação de um filme como, por exemplo, "Tropa de Elite" (2007). A burocracia e as medidas de segurança em cenas com armas de fogo —haja tiroteio no longa de José Padilha— exigem autorização prévia do Exército Brasileiro, o informe com número de disparos cenográficos que serão feitos e, posteriormente, a devolução dos cartuchos, que são de festim.

É diante dessa solicitação que o pesquisador direciona os profissionais para cada tipo de cena. E não pense que esse mercado vive só de proezas. "Existem outros tipos de dublês, como é o caso dos stand-ins, que são atores substitutos de corpo inteiro ou, apenas, de partes, como pernas e mãos", complementa Mascaretti.

Quando fala da falta de divulgação da categoria, o pesquisador refere-se, por exemplo, à inexistência de um órgão de classe, equivalente ao Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos e Diversões (Sated), além de dados e números sobre a atividade, tabelas de preços no mercado, entre outras regulamentações.

Nos Estados Unidos, a classe é gerenciada pela Stuntmen's Association of Motion Pictures (Samp), criada em 1961, que atua de forma segmentada por habilidade do dublê: aquático, armas, ação, fogo e chamas, equestre, combate, esportes radicais etc.

Simon Plestenjak/UOL Simon Plestenjak/UOL

Comitê de boas-vindas

Já com as vestimentas fornecidas pela escola de dublês —felizmente, foi para isso que pediram minhas medidas—, me dirijo até um tatame escuro, em uma sala quadrada que mantém nas paredes espadas katanas dependuradas, um quadro com uma cena de Sean Connery vivendo o James Bond, ladeado por uma tela com um deslocado Charles Chaplin.

Os alunos estão descalços, sentados e ouvindo a fala de um policial militar, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), Silvio Oliveira, 43 anos, das forças especiais da corporação em São Paulo. Oliveira discursava pouco sobre os trejeitos da categoria.

"Um militar das forças especiais, em todos os filmes do cinema, reparem, tem sempre algumas características em comum, mesmo no horário de folga", explica, enquanto se movimenta, citando exemplos como o elenco de "Predador "(1987) e "Falcão Negro em Perigo" (2001).

"O corte de cabelo é sempre baixo, no mesmo estilo, é muito comum usar uma camisa de botão aberta, por fora da calça, e uma camiseta escura por dentro do cinto; esse relógio de estilo esportivo, mais robusto, um calçado com estilo de bota e por aí vai", prossegue.

A presença do sargento na sala de aula faz parte do cronograma da escola. De acordo com Mascaretti, a ideia é trazer, periodicamente, algum profissional para enriquecer o repertório dos dublês para as oportunidades de trabalho.

"Esse é um laboratório e tanto", argumenta o sócio do centro de treinamento.

O dublê é, antes de tudo, um ator, e ele deve saber como se portar para fazer a sua cena de ação, seja um soldado ou seja um padre.

Além da postura, Oliveira também explicava o manejo de uma pistola .40, descarregada, diante da plateia de alunos. Nesse momento, entra em cena o principal instrutor e também sócio da escola, o dublê profissional Bruno Santana, 30 anos, que interrompe a atividade para me apresentar.

"Pessoal, queria que todos dessem as boas-vindas ao visitante que está aqui hoje conosco, do UOL, que vai aprender a ser dublê por um dia e vivenciar algumas experiências com a gente", me disse, de forma simpática e acolhedora.

Nesse momento, ele também sacou uma pistola e, enquanto a plateia me aplaudia de forma contida, efetuou um disparo na direção de um aluno (também dublê), que estava ao meu lado, que desencadeou um estrondo muito forte e um buraco gigante em seu peito.

O barulho estremeceu meu corpo inteiro e deixou um zumbido no ouvido direito por alguns segundos. Tempo suficiente para eu perceber a sala toda rindo do meu susto, enquanto a vítima do tiro, que simula o barulho e o estrago de uma escopeta calibre 12, veio com o bombeiro civil me acudir.

Assista ao vídeo

Artes marciais coreografadas

Recuperado de minha experiência de quase morte, fui apresentado aos colegas dublês que, apesar de já terem feito participações em cenas no cinema, na TV e publicidade, ainda mantêm outras profissões no dia a dia —na verdade, buscam na formação e no aperfeiçoamento uma chance para viverem apenas disso. São bombeiros, judocas, atletas de MMA, patinadores e competidores de outras modalidades esportivas que se reúnem aos fins de semana para as aulas e treinamentos.

No tatame, quem toma a palavra dessa vez é o instrutor de artes marciais Alessandro de Azevedo, de 46 anos, faixa preta de karatê, que tem no currículo uma passagem pela Itália, onde foi diretor técnico de treinamento para os paraquedistas do exército de lá.

Seu currículo de conquistas nacionais e internacionais formou um professor calmo, de fala pausada e tranquila, com uma didática que divide cada ação em várias etapas. Na verdade, reparei que são essas pequenas sequências que compõem a base de todas as coreografias de luta que a gente vê nos filmes. É claro, quanto melhor for o lutador, mais verídicas elas ficam: não é qualquer aspirante que vai sair reproduzindo aqueles quebra paus capitaneados pelo Jackie Chan, não é mesmo?

"Vamos nos movimentar com rapidez, focando nas bases das pernas e os ombros, para soltar a musculatura, e preparar para fazer uma queda em cena de luta", ele diz, enquanto toda a galera reproduz a dinâmica com perfeição.

Eu faço o que posso.

Simon Plestenjak/UOL Simon Plestenjak/UOL

A hora da queda

A partir daí, ele demonstra, passo a passo, os movimentos que resultariam, por exemplo, em um lutador derrubando o outro no chão em uma briga no corpo a corpo. No entanto, noto algo estranho no ar... Apesar de trilharmos todas as etapas, não ocorreu nenhum tipo de queda no tatame.

Enfim, sem muitos rodeios, em seguida o instrutor dá lugar ao lutador Adriano Misina, de 38 anos. O oriental, graduado em artes marciais como o kung fu, trouxe para a escola de dublês as bases do jeet kune do, o estilo imortalizado pelo lendário ator Bruce Lee.

"Vamos simular confrontos com facas e bastões", disse, jogando uma série de artefatos no chão. Corro para avaliar se elas têm corte e me tranquilizo, são simulacros feitos em madeirite, cortam menos que as facas de pão em pousadas do interior.

Ao melhor estilo Chuck Norris, sou instruído a interromper e desarmar dois estilos de facadas, em diferentes posições. No meu caso, é claro, ficou parecendo como se o filme estivesse em câmera lenta.

Por fim, quando a dinâmica e a pancadaria pareciam já ter terminado, o instrutor Azevedo voltou, me propondo um desafio final. "Você agora vai aplicar o que aprendeu com um colega da equipe: 'venha aqui, Notorious'"!

Do corredor chega Washington "Notorious B.I.G." Gomes, de 36 anos. O sujeito lembra mesmo o rapper rival do Tupac Shakur, mas em melhor preparo físico. Há um ano, faz parte da equipe de dublês do centro de treinamento, em papéis que precisam de um cara alto, forte e com cara de mau.

Finco as pernas na base, como aprendi anteriormente, desfiro dois socos com força moderada na barriga de Notorious que, em uma fração de segundos, se inclina para cima do meu corpo, faz um giro me levantando junto com ele como se eu fosse seu smartphone e, finalmente, me joga no chão do tatame.

Sob aplausos da turma, tive minha primeira queda.

Simon Plestenjak/UOL Simon Plestenjak/UOL

R$ 1,5 mil para ser 'atropelado'

"Quanto custa um dublê no Brasil?", pergunto. "Muito menos que nos Estados Unidos", enfatiza Bruno Santana, exemplificando que projetos em Hollywood, onde a profissão é bem estruturada, começam nos US$ 100 mil e podem ultrapassar US$ 1 milhão, dependendo da complexidade da cena. "No Brasil é outra tabela, um atropelamento, por exemplo, custa cerca de R$ 1,5 mil, uma cena de corpo em chamas, R$ 7 mil", exemplifica.

Em casos mais extremos, como explosões de carros e capotamentos, os valores começam em R$ 70 mil e podem ultrapassar R$ 100 mil. Nessas cenas, o modelo e o estilo do carro que serão danificados no acidente são incluídos no orçamento.

Pesquisador de elenco, Marcos Mascaretti explica que sua produtora trabalha com dois modelos básicos de remuneração. Na hipótese de um pacote de efeitos especiais, é acionada uma certa quantidade de dublês, que lidam com tiros, sangue cenográfico, locação de armas, ambulância, bombeiros. Nesses casos, a remuneração é dividida entre a equipe, conforme o número de diárias.

"Já no orçamento individual, como uma cena de atropelamento de ciclista, o pacote tem o cachê do dublê, duas bicicletas [uma nova e a ser destruída], o coordenador de ação de cena e um bombeiro civil —nessa modalidade, os valores são cobrados individualmente", conta.

Tanto Mascaretti quanto Santana afirmam que, no último ano, houve um aumento na procura por dublês no país. Além de uma profissionalização que se encaminha sobre a função, eles apontam as plataformas de streaming, em especial a chegada das produções da Netflix, nesse crescimento do mercado.

Em 2020, garante, afirma ter recebido propostas de orçamento em todos os primeiros dias do mês de janeiro.

Simon Plestenjak/UOL Simon Plestenjak/UOL

Ruas em chamas

As atividades de treinamento a seguir costumam ser realizadas pela escola em kartódromos, reservados exclusivamente para a dinâmica. Para a participação do UOL, foi escolhida uma rua de pouco movimento na região da escola, onde a equipe se posicionou para as cenas de ação.

Pamela Bauer, de 31 anos, praticante de atletismo de força ou strongman, se aproximou de uma perua Palio Weekend e, com uma corda amarrada nos seus cabelos loiros, passou a arrastar o veículo por 15 metros. Soube, depois, que a atleta de Mogi das Cruzes é considerada uma das mulheres mais fortes da América do Sul na modalidade.

Simon Plestenjak/UOL

Dois caras numa moto

O dublê Luiz Roberto 'Mosquito', de 38 anos, é especialista em manobras com carros, motos, bicicleta, skate e patins. Em um dos exercícios, ele "rouba" o telefone celular de uma garota e percorre, ao menos, 100 metros com a moto de trilha empinada, em alta velocidade, sendo perseguido por um carro. Quem passasse por ali pensaria se tratar de um assalto de verdade.

Simon Plestenjak/UOL

Força na peruca

Carolina Barbosa, de 33 anos, tem o corpo besuntado com um gel, veste uma roupa molhada e, por cima, outras vestimentas secas. Seu cabelo fica preso colocado por dentro da blusa. Em seguida, ela recebe uma touca e um capuz. Ainda aplicam uma cola inflamável em suas costas. Ela é então incendiada, correndo por alguns metros pela rua e deitando-se no chão, de bruços, como uma fogueira humana.

Simon Plestenjak/UOL Simon Plestenjak/UOL

A chapa esquentou

A cena dura cerca de dez segundos. Os professores me explicam que, sob preparação adequada, é possível prolongar o tempo das chamas no corpo do dublê.

Um bombeiro civil controla a situação com um extintor e, rapidamente, Carolina está em pé. Uma vizinha da rua, que assistia à cena, grita da janela, aplaudindo: "Caramba, e ainda por cima é uma mulher de cabelos compridos"!

Pergunto sobre a sensação de estar em chamas. A dublê me conta que não há dor, mas um calor muito intenso e uma pressão, que aumenta conforme ela tenta se movimentar enquanto o fogo está nas suas costas.

Simon Plestenjak/UOL Simon Plestenjak/UOL

Proezas nas telas e na vida real

Como se vê em filmes como "Velocidade Máxima", veículos automotivos são muito usados em cenas de ação. Após uma arrancada, com direito a cantada de pneus, um carro passa à frente de onde estávamos e, da porta de passageiros, salta o dublê Bruno Santana, devidamente protegido com joelheiras e cotoveleiras, rodopiando no asfalto após a queda e, logo em seguida, se levanta como se nada tivesse acontecido.

No início da sua carreira, há quase vinte anos, quando ser dublê ainda era um sonho do jovem, ele teve de reproduzir essa cena, mas fora das telas, nas ruas de São Paulo. "O carro que eu dirigia a quase 100 km por hora perdeu o freio e eu não tive outra opção, tive que saltar dele em movimento", recorda-se, sorrindo.

Santana é um sujeito musculoso, de baixa estatura, com visual black power e camisas floridas. É impulsivo e demonstra ser bastante técnico. Faz e incentiva a equipe a fazer coisas ousadas, mas mantém um semblante sério, como quem quer mostrar o tempo todo que aquilo ali não é brincadeira.

Um dublê em ação precisa de calma, paciência e coragem. Vou te falar: eu não tenho medo.

Mas, em seguida, ressalta que todas as ações mais ousadas, tanto na escola quanto no mercado, são acompanhadas de uma estrutura obrigatória de segurança —como bombeiros, ambulância e paramédicos.

Um glossário do mundo dos dublês

  • Saltar

    Atenção: dublê não pula! O verbo pular não faz parte do glossário da profissão. Eles saltam, de carros em movimento, de janelas em andares altos, de escadas etc.

  • Gel antifogo

    É o produto aplicado no corpo do indivíduo que preserva a integridade física durante as cenas com fogo. Geralmente, é importado.

  • Tiro e sangue cenográficos

    São produzidos por um sistema com um miniexplosivo, acionado por fios que ligam um disparador ao equipamento montado sob a roupa do ator. Um invólucro com o sangue cenográfico arrebenta no momento do disparo --segundo a equipe, o produto pode ser lavado da roupa. É o que eu espero, inclusive.

  • Capotar

    Reproduzir o capotamento de um veículo não é novidade na dramaturgia brasileira. A equipe de efeitos especiais cria uma rampa para que o carro tire as duas rodas do chão, para poder tombar em seguida. O automóvel recebe uma rígida preparação de segurança, com estrutura interna de proteção, para que o piloto não seja esmagado durante a colisão.

  • Explosão controlada

    É a dinâmica de explodir alguma área delimitada para uma cena de ação, onde o fogo vai atingir uma área restrita - às vezes, utilizam leite em pó durante o estouro, para que o efeito tenha um registro visual mais impactante.

Uma questão de DNA

Qualquer pessoa interessada no tema pode participar das aulas para a formação de dublês. As mensalidades, conforme o nível do aluno e o tipo de treinamento desejado, custam a partir de R$ 400.

No entanto, os sócios do centro de treinamento concordam em afirmar que, na vida desses profissionais, é preciso ter uma inclinação, um interesse pela indústria e, principalmente, pelos desafios que essas cenas proporcionam.

"No curso, os aprendizados são feitos de forma gradual —o estudante não vai fazer as dinâmicas de rua antes de um longo preparo", reforça Santana. Antes da primeira aula, é feita uma triagem, uma abordagem física e psicológica para que a academia tenha conhecimento do perfil do futuro aluno.

Para o mercado, é preciso estar preparado para um segmento bastante concorrido, com poucas vagas e muitos profissionais disputando as oportunidades que aparecem, diz Mascaretti, enquanto Santana e sua equipe arrumam o dispositivo sob minha camiseta, para a realização de um disparo cenográfico com arma de fogo.

Para encerrar a reportagem, eu seria baleado —de forma ficcional, vale ressaltar

Apesar de ser o tiro chamado de "normal", ou seja, não seria o estrondo da calibre 12 que quase me ensurdeceu, eles resolvem colocar um colete de segurança a mais, para evitar qualquer impacto indesejado.

Santana dá o ok, um ator mira o revólver para o meu peito e efetua o disparo. No meu peito, não sinto nada, apenas o estampido... E posso ver as gotas de sangue jorrando para o alto.

Resolvo entrar em cena e passo a atuar. Grito e simulo um desmaio para trás, para o desespero da bombeiro civil que tenta segurar meu corpo em queda.

Ouço alguém que estava por perto dizer "é impressionante como dá a sensação de termos sido baleados, de verdade".

Confesso que não me senti alvejado na vida real, mas, o repórter-dublê, esse sim, encerrava sua breve carreira ali, estirado sobre a poça de sangue cenográfico.

Simon Plestenjak/UOL Simon Plestenjak/UOL

Leia também

Honório Moreira/UOL

Da lama ao caos

Metal Open Air, o maior festival de metal do país que virou fiasco

Ler mais
Osmar Portilho/UOL

Super-herói de verdade

O Flash brasileiro que empresta superpoder para ajudar crianças com câncer

Ler mais
Bruna Prado/UOL

Emoções na Guanabara

Farofa, climão com piada e bingo cancelado: como é "cruzeiro" do cover de Roberto Carlos no Rio

Ler mais
Topo