Documentário sobre abusos de Michel Jackson gera polêmicas e protestos
Algumas estações de rádio no Canadá e na Holanda pararam de tocar músicas de Michael Jackson e fãs bombardearam Oprah Winfrey com mensagens de ódio, depois da exibição de um documentário sobre o suposto abuso de crianças pelo falecido cantor.
"Leaving Neverland", no qual dois homens adultos afirmam que eram amigos de Jackson e foram abusados por ele entre os seus 7 e 10 anos, no começo da década de 1990, foi recebido com uma mistura de horror e desconfiança, depois de ser exibido, em duas partes, pela emissora americana HBO, entre domingo e segunda-feira.
Winfrey, ela mesma uma vítima de abuso sexual, conduziu sua própria entrevista na sequência com os acusadores Wade Robson e James Safechuck, em um especial que foi transmitido na noite de segunda-feira, à frente de um público de vítimas de abusos.
Winfrey estava ciente dos ataques que poderia receber. "Toda a raiva - vocês vão receber", ela disse, durante a entrevista. "Vocês vão receber. Eu vou receber. Todos vamos receber."
Robson disse a Winfrey que ele já havia recebido ameaças de morte.
A família de Jackson chamou o documentário e a cobertura da imprensa sobre as acusações de "linchamento público" e disse que ele era "100% inocente".
O cantor de "Thriller", que morreu em junho de 2009, foi inocentado em um julgamento de 2005 na Califórnia de acusações de ter molestado outro garoto de 13 anos em seu rancho Neverland, na Califórnia.
Em 1994, ele chegou a um acordo em um processo de abuso sexual por outro garoto de 13 anos.
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