Equipe de Leonard Cohen quer processar campanha de Trump por uso de música
A equipe de Leonard Cohen, artista morto em 2016, está ameaçando entrar com uma ação legal contra a campanha eleitoral de Donald Trump após a execução não aprovada da canção do artista "Hallelujah" durante a Convenção Nacional do Partido Republicano de ontem. Na cerimônia em que o atual presidente oficializou sua reeleição, a lendária música foi tocada duas vezes sem autorização.
De acordo com o site TMZ, representantes de Cohen e da gravadora do artista afirmaram que haviam rejeitado os pedidos do partido para tocar ou apresentar a música no evento, mas a decisão foi ignorada pelos organizadores.
A advogada da equipe de Cohen, Michelle L. Rice, disse que eles ficaram surpresos e consternados com o acontecimento e descreveu a ação como uma "tentativa descarada de politizar e explorar" uma das canções mais famosas do compositor.
A publicação ainda informou que a advogada está explorando as opções legais para solucionar o incidente. "Se o comitê tivesse solicitado outra música, como "You Want it Darker", pela qual Leonard ganhou um Grammy póstumo em 2017, poderíamos ter considerado a aprovação dessa música", disse ela em comunicado.
Uma representante da gravadora, Sony/ATV Music também afirmou ao TMZ que foi contata sobre o uso da música na véspera do evento e que rejeitaram a proposta.
Uma versão de "Hallelujah" de Tori Kelly foi tocada durante os fogos de artifício após o discurso de Trump na noite de ontem. A canção foi novamente apresentada ao vivo em uma outra versão de Christopher Macchio.
A utilização de músicas sem autorização tem sido um tema polêmico nas campanhas políticas de Donald Trump. No início do mês, Neil Young abriu hoje um processo contra a campanha eleitoral do presidente por violação de direitos autorais. O cantor alegou que não autorizou o candidato a tocar duas de suas músicas durante um evento em junho em Tulsa, no estado de Oklahoma.
Linkin Park, a família de Tom Petty, Rolling Stones e Panic At The Disco também já iniciaram processos semelhantes. No fim de julho, Fall Out Boy, Mick Jagger, Lorde e outros 54 artistas divulgaram uma carta aberta exigindo que candidatos busquem "consentimento" de intérpretes e compositores antes de usarem suas músicas em campanhas.
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