Romance de Bieber e Selena Gomez ainda é o assunto favorito do ex-casal
"É muito tarde agora para pedir desculpas?" Foi assim que Justin Bieber tentou se retratar com a ex-namorada Selena Gomez, entoando um de seus maiores hits, "Sorry", em 2015. "Eu precisei te perder para me amar". E então assim, quatro anos depois, foi como a cantora respondeu os lamentos do antigo amado no single "Lose You To Love Me".
Em 2020, mesmo separados há cerca de três anos, os caminhos de Bieber e Selena se cruzaram mais uma vez com os lançamentos de seus novos álbuns, "Changes", e "Rare", respectivamente. Lançados com cerca de um mês de diferença, os dois discos ainda refletem sobre o conturbado relacionamento dos dois, tema recorrente de seus trabalhos ao longo de uma década inteira de idas e vindas.
O casal Jelena, febre entre os adolescentes, deu os primeiros passos lá em 2011. Ela ainda era uma estrela do Disney Channel e ele, o fenômeno teen que viciou o mundo no seu hit-chiclete "Baby". Tudo parecia perfeito e os dois até viajaram juntos ao Brasil, celebrando o namoro. Mas a alegria durou pouco. Em 2012, mais precisamente em outubro, os dois protagonizaram uma briga em público e, em janeiro de 2013, anunciaram de vez o término.
As letras de suas músicas, porém, indicavam algo diferente. "Preciso que você brilhe em minha vida", dizia Bieber, em "All That Matters". "Esse amor ainda não acabou", provocava Selena, em "Come & Get It". E ela estava certa porque no final de 2013, os dois já estavam juntos novamente.
Daquele ano em diante, os dois passaram por várias fases, sempre fazendo questão de expor seus sentimentos sobre o romance bate-e-volta nas composições. Juntos ou separados, o relacionamento turbulento era o tópico preferido das canções dos dois. Selena se apresentou emocionada no American Music Awards de 2014 ao som de "The Heart Wants What It Wants", um desabafo sobre aquele viciante amor, enquanto Bieber dedicava um álbum inteiro, "Purpose", a criticar a ex-namorada, como em "Love Yourself", ou pedir perdão a ela, em "Sorry".
Com tudo isso, chegamos a 2020 e as novas incursões musicais do antigo casal. Justin está casado desde 2019 com a modelo Hailey Baldwin (que adora acompanhar tudo que Selena faz nas redes sociais), enquanto Selena, depois de outros relacionamentos como o rapper The Weeknd, está feliz em estar solteira. "Já estou usando calcinha de avó", brincou a estrela, em entrevista ao Wall Street Journal, no início deste ano.
Além de terem passado boa parte da última década vivendo como um casal, Justin e Selena têm outros pontos em comum. Nos últimos anos, os dois se afastaram das redes sociais para cuidar melhor de sua saúde mental. Ambos procuraram centros de reabilitação, lidando com uma depressão profunda.
Além disso, Selena enfrenta o lúpus, uma grave doença inflamatória, enquanto Bieber ainda sofre com os efeitos da Doença de Lyme, "Os últimos anos foram difíceis, mas ter o tratamento certo me ajudará a lidar com essa doença incurável. Voltarei e melhor do que nunca", prometeu Bieber, no Instagram, em janeiro deste ano.
Tantas experiências acumuladas nos últimos anos marcaram o retorno dos dois ao cenário pop em 2020. Mais uma coincidência: o último álbum de cada um tinha saído também no mesmo ano, em 2015.
Com o disco "Rare", lançado em janeiro, Selena tenta colocar um ponto final no passado com Bieber. O primeiro single, "Lose You to Love Me", garantiu seu primeiro hit número um nas paradas dos EUA, e o público abraçou sua narrativa de superação contra o ex. "Look at Her Now" não obteve o mesmo êxito, mas segue igualmente a fórmula. "Demorou alguns anos, mas olhe para ela agora!", festeja Selena, na letra. O álbum vendeu 112 mil cópias nos Estados Unidos na sua primeira semana, quase tanto quanto seu antecessor, "Revival" (117 mil cópias vendidas na primeira semana em 2015, segundo a Billboard). As críticas também foram favoráveis, acumulando uma nota 76 no Metacritic, agregador de resenhas, considerada como positiva.
Já com Justin, a história está sendo bastante diferente. O carro-chefe de seu novo álbum, "Changes", a música "Yummy" acabou amargando uma segunda posição nas posições dos EUA, mesmo depois de várias táticas desesperadas de Justin e de seu empresário, Scooter Braun, de garantir o topo das paradas. A faixa ainda foi criticada por seu conteúdo lírico vazio, dizendo o quanto uma mulher seria deliciosa.
Seu álbum deve vender mais do que o de Selena na primeira semana, com estimativa de 300 mil cópias nos Estados Unidos, mas o resultado ainda é muito inferior ao do antecessor, "Purpose", que conquistou 650 mil em sua estreia. A crítica também parece não ter gostado muito de seu novo trabalho. "Changes" recebeu avaliações mistas no Metacritic, garantindo apenas uma nota 55.
Mesmo depois de tantos anos que se passaram entre o início e os vários fins do relacionamento, Justin e Selena sabem que a história dos dois ainda rende e não deixam de falar sobre o caso quando têm oportunidade. Em entrevista à National Public Radio em janeiro, Selena revelou que vivia num romance abusivo com Bieber. "Eu encontrei força nos momentos difíceis. É perigoso ficar com uma mentalidade de vítima. E eu não estou sendo desrespeitosa, eu realmente sinto que eu fui vítima de um certo abuso", admitiu a cantora.
Por sua vez, Bieber também reconheceu seu comportamento destrutivo do passado e novamente, se retratou com a ex. "No meu antigo relacionamento, eu fiquei louco e estava sendo imprudente. Então dessa vez, eu tomei um tempo para focar em mim mesmo, em tentar tomar as decisões certas e tudo mais. E, sim, eu melhorei. Se eu não tivesse me aproximado de Deus, teria me autodestruído, com certeza. Não seria nada bom. Não sei se estaria vivo. Era tudo muito, muito sombrio", revelou Justin, em papo com o youtuber Zane Lowe, na última semana.
Resta saber até quando esse antigo romance vai povoar o catálogo dos dois...
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