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Casagrande declara torcida por Democracia em Vertigem: "Feito com fatos"

Reprodução do documentário Democracia em Vertigem de Petra Costa Imagem: Reprodução/Netflix - Reprodução do documentário Democracia em Vertigem de Petra Costa Imagem: Reprodução/Netflix
Reprodução do documentário Democracia em Vertigem de Petra Costa Imagem: Reprodução/Netflix Imagem: Reprodução do documentário Democracia em Vertigem de Petra Costa Imagem: Reprodução/Netflix

Do UOL, em São Paulo

08/02/2020 19h22

Um dos principais comentaristas esportivos da Globo, Walter Casagrande Jr. deixou o futebol um pouco de lado para declarar a sua torcida pelo documentário "Democracia em Vertigem", de Petra Costa, indicado ao Oscar 2020 de melhor documentário. A cerimônia com a entrega do Oscar acontece em Los Angeles (EUA), amanhã.

Em "Democracia em Vertigem", Costa faz um retrato pessoal do processo que tirou Dilma da presidência do Brasil, em 2016, a partir de um ponto de vista pessoal, misturando sua história familiar com a trajetória política do país. A história começa a ser contada a partir do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, e segue analisando a posterior crise política no Brasil.

"Vi todos os filmes que vão concorrer [ao Oscar]. Temos ótimas interpretações, roteiros, temas muito importantes. Mas o que eu vou torcer mesmo é pelo nosso documentário, que representa o cinema brasileiro, 'Democracia em Vertigem'. É um documentário verdadeiro, é um documentário feito com fatos. As coisas aconteceram. Então, estou torcendo muito pelo 'Democracia em Vertigem'", avaliou Casagrande.

"Democracia em Vertigem", dirigido por Petra Costa e distribuído pela Netflix, concorre com Indústria Americana (produzido pelo casal Barack e Michelle Obama), The Cave, For Sama e Honeyland.

Em entrevista ao UOL, por telefone, Petra disse que não esperava a indicação, e comemorou a surpresa. A diretora mineira ainda se diz honrada por concorrer em uma categoria que traz mais diretoras mulheres (dos cinco títulos indicados, quatro são dirigidos ou codirigidos por mulheres e quatro são de fora dos Estados Unidos) e mais diversa.

"A categoria de documentários está representando o feminino de uma forma impressionante e também representando o cinema estrangeiro. Isso reflete um passo muito importante que a Academia tem dado para incluir mais membros estrangeiros e mais mulheres entre os votantes", diz ela. "Estou feliz pelo Brasil e pela América Latina em um ano que não tem nenhum latino-americano indicado como melhor filme estrangeiro e nenhuma mulher indicada como melhor diretora. É muito importante estar representando nessa categoria", completa.