The Witcher: Henry Cavill achou que tinha sido recusado como protagonista
Resumo da notícia
- Herny Cavill é Geralt de Rivia, protagonista da série The Witcher
- Em entrevista ao UOL, ele conta que achou que não tinha conseguido o papel
- Fã dos livros e dos games, ele diz que já estava com meio caminho andado para viver o personagem
- O ator reconhece que existe uma expectativa grande dos fãs, mas ressalta que o seriado tem uma visão própria
Henry Cavill era um fã ávido de The Witcher: leu todos os livros e jogou os games inspirados na saga. Por isso, quando soube que a Netflix estava produzindo uma série baseada no universo criado pelo escritor polonês Andrzej Sapkowski, ele cismou que tinha que se tornar o protagonista, Geralt de Rivia. Entretanto, mesmo já sendo um rosto muito conhecido, sobretudo por seu papel como Super-Homem nos cinemas, o ator achou que havia perdido sua chance.
Em entrevista exclusiva ao UOL durante a CCXP 2019, na qual fez uma aparição surpresa, o ator contou do esforço que fez para conseguir o papel no seriado, que estreia nesta sexta-feira.
"Eu fiz tudo o que estava ao meu poder, menos derrubar portas na Netflix. Era muito importante para mim que eu pelo menos tivesse a oportunidade de entrar na sala. Eu nunca penso que sou a melhor pessoa para um determinado papel, porque não sei isso. O que eu sei é que quero fazer justiça ao personagem e à mitologia. Mas eu queria ter minha chance, e tive. Eu encontrei a Lauren [Schmidt Hissrich, showrunner da série], e ela tinha sentimentos e pensamentos sobre mim", relata ele.
"Eu achei que tinham me recusado, para ser honesto. Várias semanas depois me ligaram e perguntam: 'Você faria o teste?'. Cancelei minhas folgas, fui para Nova York e fiz o teste no dia seguinte, e o resto é história", complementa o ator.
Cavill também acredita que, por ser um grande fã do universo, já estava com meio caminho andado para compor seu personagem.
"Não é como se eu estivesse sentado lá todo dia estudando e trabalhando, porque todo o estudo e trabalho já tinham sido feitos: eu tinha lido todos os livros, eu joguei os jogos, e vivi no gênero da fantasia desde que eu era um menino", relembra. Meu pai lia livros de fantasia para mim antes de eu saber ler. Eu, meu pai e meus irmãos todos líamos os mesmos livros e os discutíamos longamente em casa. Viver no gênero da fantasia é o coração de quem eu sou, é meu hobbie, é o que eu faço em meu tempo livre. Então, fazer isso [The Witcher], muita coisa foi instintiva", declara.
Em The Witcher, Geralt de Rivia é um mutante, um caçador de monstros profissional, que vê sua seu destino mudar com a chegada de Yennefer (Anya Chalotra), uma poderosa feiticeira, por quem se apaixona, e Ciri (Freya Allan), uma princesa com poderes misteriosos. O seriado da Netflix é baseado apenas nos livros escritos por Andrzej Sapkowski, e não nos games que vieram depois.
Henry entende que já existe uma expectativa grande por parte dos fãs, até por conta do fato de os personagens já terem sido trazidos à vida nos games, mas ressalta que esta adaptação terá um olhar próprio.
Uma adaptação é uma adaptação, a Lauren trouxe sua própria visão para a série, e ela definitivamente desenvolveu mais as personagens de Yennefer e Ciri e introduziu as duas desde o começo
"A expectativa dos fãs, que também é a minha expectativa, é uma dessas coisas arriscadas. Uma adaptação é uma adaptação, a Lauren trouxe sua própria visão para a série, e ela definitivamente desenvolveu mais as personagens de Yennefer e Ciri e introduziu as duas desde o começo. Em vez de ser só uma experiência guiada só pelo Geralt, como é nos livros, até o final do primeiro. Nos games eu diria que 80% é do Geralt, porque você também tem as partes quando você joga como a Ciri, mas é muito centrado nele", relata ele.
Temas sociais e metafísicos
Em The Witcher, apesar do cenário cheio de magia, são abordados uma série de temas sociais que vão ao encontro do mundo real, como preconceito racial, intrigas políticas e empoderamento feminino.
Cavill acredita que uma obra de fantasia permite que estes assuntos se tornem mais palpáveis para o público.
"O jeito que a Lauren fez é interessante e eu espero que funcione, que todo mundo curta a representação dela. Para mim, o gênero da fantasia sempre foi um maravilhoso espelho para encarar ou a si mesmo, ou o mundo real. Sempre achei personagens em fantasia incrivelmente informativos, e grandes exemplos. Eu gosto de lê-los, vê-los passar por dificuldades, se tornarem as melhores versões de si mesmos, e pensar: 'ok, eles conseguiram'. Então será que eu consigo ser uma versão melhor de mim mesmo sem passar por dificuldade? E isso que eu acho incrível sobre fantasia: torna essas coisas acessíveis, sem ter alguém te falando como ser e o que fazer", opina o ator.
Entre tantos debates, o grande tema de The Witcher é o destino: ele existe? Como ele nos afeta? E, afinal, Henry Cavill estava destinado a ser Geralt de Rivia?
"Eu acredito em uma versão misturada de tudo. Eu acho que temos um potencial destinado, mas é inteiramente dependente de nós tornar isso realidade. Eu acho que sempre tive potencial para ser o Geralt, mas dependeu de mim colocar o esforço para chegar a esse lugar. E só porque estou aqui agora, não significa que o trabalho acabou", responde ele, com palavras dignas do próprio personagem.
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