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A Vida Invisível: Filme de Karim Aïnouz premiado em Cannes ganha teaser emocionante

Trailer de A Vida Invisível, filme brasileiro premiado em Cannes

UOL Entretenimento

Caio Coletti

Do UOL, em São Paulo

07/08/2019 06h00

A Vida Invisível, filme de Karim Aïnouz que venceu o prêmio principal da mostra paralela Un Certain Regard, no Festival de Cannes 2019, ganhou o seu primeiro teaser nacional. O longa, que está inscrito entre os candidatos a representar o Brasil no Oscar de 2020, será exibido pela primeira vez no país na abertura do Cine Ceará 2019, no dia 30 de agosto.

Nos cinemas em geral, A Vida Invisível estreia no dia 31 de outubro, com distribuição conjunta da Vitrine Filmes e da Sony Pictures Brasil. O elenco inclui Carol Duarte, Julia Stockler, Gregorio Duvivier, Bárbara Santos, Flavia Gusmão e Fernanda Montenegro, como atriz convidada.

Livre adaptação do romance de Martha Batalha, A Vida Invisível é uma coprodução da RT Features, de Rodrigo Teixeira (Me Chame Pelo Seu Nome, A Bruxa). Na trama, seguimos as irmãs Guida e Eurídice, que são como duas faces da mesma moeda -- apaixonadas, cúmplices, inseparáveis.

Eurídice, a mais nova, é uma pianista prodígio, enquanto Guida, romântica e cheia de vida, sonha em se casar com um príncipe encantado e ter uma família. Um dia, com 18 anos, Guida foge de casa com o namorado.

Ao retornar grávida, seis meses depois e sozinha, o pai, um português conservador, a expulsa de casa de maneira cruel. Guida e Eurídice são separadas e passam suas vidas tentando se reencontrar.

Com roteiro assinado por Murilo Hauser, em colaboração com a uruguaia Inés Bortagaray e o próprio diretor, o longa foi rodado no Rio de Janeiro, nos bairros da Tijuca, Santa Teresa, Estácio e São Cristóvão.

"Eu fiquei profundamente tocado quando eu li o livro", comenta Ainouz sobre o projeto. "Disparou memórias intensas da minha vida. Eu fui criado no nordeste dos anos 60, numa sociedade machista e conservadora, dentro de uma família matriarcal. Os homens ou haviam ido embora, ou eram ausentes".

"Numa cultura patriarcal, eu tive a oportunidade de crescer numa família onde as mulheres comandavam o espetáculo", recorda. "O que me levou a adaptar A Vida Invisível foi o desejo de dar visibilidade a tantas vidas invisíveis, como as de mulheres da geração da minha mãe, minha avó, das minhas tias e de tantas outras mulheres dessa época".