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Os momentos musicais que mostram que Serguei era mais que um contador de causos

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

07/06/2019 14h23

O roqueiro Serguei, que morreu hoje, em Volta Redonda, ficou conhecido por seus causos e seu jeito doidão, que mesmo após de décadas de altos e baixos na atenção do público, o mantiveram como um personagem inesquecível no cenário musical brasileiro. Mas, além da pose, ele conquistou sua fama também com suas gravações e shows.

Nascido Sérgio Augusto Bustamante, em 1933, era filho de um executivo da IBM. Foi quando morou nos Estados Unidos, na adolescência, que sua inclinação para a música passou, principalmente quando foi morar lá pela segunda vez.

Serguei nunca teve uma carreira prolífica: foram oito compactos simples, um LP e dois CDs entre 1966 e 2009. Desde 2008 ele esteve com a banda a Pandemonium, com quem fazia shows. Veja algumas músicas e momentos no palco que moldaram a trajetória de Serguei:

Eu sou Psicodélico (1968)

Seu segundo compacto - após lançar As Alucinações de Sergei/Eu Não Volto Mais, em 1966 - não chega a ser um rock pesado, mas já traz o clima hippie e a psicodelia que o marcariam.

Burro Cor de Rosa (1970)

Saiu como compacto junto à canção Ouriço e já traz um rock mais tradicional, com guitarras marcantes, vocais rasgados e gritos. "Minha vida é um terremoto e as sentenças caem no chão", canta ele.

As versões

Serguei gravou poucas músicas autorais e gostava de dar suas versões para clássicos do rock. No Jô Soares Onze e Meia, por exemplo, cantou Beatles, com seu olhar do clássico Help

Rock in Rio

Serguei participou da segunda e da terceira edições do festival carioca e ganhou o público, como na sua versão para Summertime, em 1991

Com o Pandemonium

O roqueiro se manteve no palco nos últimos anos com o Pandemonium e chegou a ganhar destaque outra vez com Jô Soares na Globo e agitou o público