Estudo de representatividade LGBTQ+ em Hollywood critica Disney e compra da Fox
A GLAAD, organização norte-americana que lida com representatividade no entretenimento, lançou o seu mais recente estudo sobre a inclusão de personagens LGBTQ+ nos grandes lançamentos em Hollywood. Apesar de uma melhora em relação aos números de 2017, o levantamento sobre as produções de 2018 veio com várias críticas, especialmente à atuação da Disney no mercado.
Como o estudo notou, a Walt Disney Pictures foi o pior estúdio de Hollywood em termos de representação LGBTQ+ no cinema. Segundo a GLAAD, os filmes da empresa do Mickey não incluíram nenhum personagem LGBTQ+ em 2018. Enquanto isso, 10% dos filmes da 20th Century Fox (4 longas-metragens), por exemplo, trouxeram representatividade deste segmento.
Desta forma, o relatório também critica a compra da Fox pela Disney, que foi finalizada recentemente. Megan Townsend, diretora de pesquisa da GLAAD, falou com o site da Entertainment Weekly sobre o assunto: "Esta paisagem incerta que estamos vivendo na mídia atualmente, e especialmente no cinema, levanta preocupações quando à diversidade e inclusão".
"Não sabemos exatamente o que o relatório do próximo ano vai mostrar, mas sabemos que há uma grande inconsistência, ano após ano, entre os conteúdos lançados por diferentes estúdios. Estamos de olho em tudo o que está acontecendo, e todos os estúdios têm a oportunidade de trazer mais representatividade LGBTQ+ nos seus próximos projetos", completou.
O certo é que, no relatório da GLAAD do próximo ano, a Disney não ficará com a mesma "nova zero" que recebeu aqui. Em "Vingadores: Ultimato", o estúdio incluiu uma breve cena em que o diretor Joe Russo interpretou um homem gay. Enquanto isso, os diretores prometem que novos personagens LGBTQ+ devem aparecer na franquia Marvel nos próximos anos.
Quadro geral
Além da reflexão sobre a Disney, no entanto, o relatório da GLAAD trouxe boas novas para a representação LGBTQ+ em Hollywood. 18,2% dos 110 filmes distribuídos por grandes estúdios norte-americanos no ano passado incluíram personagens abertamente gays, lésbicas ou bissexuais.
A porcentagem de personagens LGBTQ+ marca uma alta em relação a 2017, quando apenas 12,8% de filmes trouxeram representatividade. O número de 2018 é também o segundo maior desde que a GLAAD começou a fazer o estudo, sete anos atrás. Apenas os filmes de 2016 tiveram uma porcentagem maior (18,4%).
Entre os filmes de 2018 destacados pela GLAAD: "Com Amor, Simon", "Podres de Ricos", "Poderia Me Perdoar?", "Deadpool 2", "Não Vai Dar", "A Favorita", "Aniquilação" e "Millennium: A Garota na Teia de Aranha".
Agora, algumas más notícias. Nenhum dos filmes contados incluiu um personagem transgênero, mais da metade deles deu aos seus personagens LGBTQ+ menos de três minutos em tela, e personagens LGBTQ+ não-brancos voltaram a ser minoria (42%) após um pulo de representatividade em 2017.
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