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Oscar volta atrás após pressão e transmitirá entrega de prêmios que haviam sido "cortados"

Estatuetas do Oscar - Christopher Polk/Getty Images
Estatuetas do Oscar Imagem: Christopher Polk/Getty Images

Renata Nogueira

Do UOL, em São Paulo

15/02/2019 21h29

Após uma decisão polêmica de cortar quatro categorias da transmissão ao vivo da cerimônia do Oscar e entregá-las durante os intervalos comerciais, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas voltou atrás e anunciou hoje que entregará as estatuetas de fotografia, edição, curta-metragem live-action e maquiagem e cabelo durante a transmissão da cerimônia, que acontece no próximo dia 24 de fevereiro.

A decisão anterior tinha a ver com o intuito de reduzir o tempo da transmissão, que não deve passar de três horas. A revelação das categorias cortadas, no entanto, foi recebida com protestos por várias estrelas do cinema e boa parte da indústria cinematográfica, e a Academia acabou cedendo à pressão.

Guillermo Del Toro, que levou os prêmios de melhor filme e melhor diretor em 2018 com "A Forma da Água", era um dos críticos a decisão de excluir as categorias de fotografia e edição. "Fotografia e edição são a alma do nosso ofício. Elas não são herdadas do teatro ou da literatura: elas são o cinema em si".

George Clooney, Brad Pitt e Robert de Niro também se juntaram ao movimento de protesto em Hollywood contra os planos dos organizadores do Oscar, assim como Sandra Bullock, Emma Stone e Jon Hamm, que adicionaram seus nomes a uma carta aberta assinada pelos diretores Martin Scorsese, Spike Lee e Alfonso Cuarón exigindo que a decisão fosse revertida.

Outros nomes do mercado, como o roteirista Chris Schleicher ("The Mindy Project"), haviam classificado a decisão anterior da Academia como "reprovável" e "desrespeitosa".