George Clooney e Brad Pitt se unem a protesto contra mudanças no Oscar
Os atores George Clooney, Brad Pitt e Robert de Niro se juntaram hoje a um crescente movimento de protesto em Hollywood contra planos dos organizadores do Oscar de entregar os prêmios de melhor fotografia, montagem e outras categorias durante os intervalos comerciais da cerimônia da próxima semana.
Sandra Bullock, Emma Stone e Jon Hamm também adicionaram seus nomes a uma carta aberta assinada pelos diretores Martin Scorsese, Spike Lee e Alfonso Cuarón exigindo que a decisão seja revertida.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou no início desta semana que os prêmios de melhor fotografia, montagem, curtas-metragens e cabelo e maquiagem seriam apresentados durante os comerciais da transmissão do dia 24 de fevereiro. A instituição disse que versões editadas dos discursos de agradecimento dos vencedores seriam posteriormente incluídas no programa ao vivo.
O plano faz parte de um esforço para reduzir o tamanho da transmissão do Oscar e aumentar o número de telespectadores. Um total de 24 estatuetas serão entregues durante a cerimônia. Os organizadores têm se comprometido a cortar a duração do evento em 40 minutos, deixando a premiação com 3 horas este ano.
Mas a carta aberta, assinada por mais de 50 diretores, atores e cineastas, acusou a Academia de "relegar esses ofícios essenciais a um status inferior" e de insultar os profissionais que trabalham nessas quatro áreas.
Na quarta-feira, a Academia defendeu as mudanças, culpando "reportagens e publicações imprecisas em redes sociais" que disse terem "compreensivamente chateado muitos membros da Academia".
Algumas reportagens sugeriram que os vencedores dos quatro prêmios não seriam incluídos de nenhuma maneira na transmissão do Oscar.
Em uma carta a seus 8.000 membros, a Academia disse que representantes das quatro áreas afetadas se voluntariaram para participar do novo plano.
"Nenhuma categoria de prêmios da 91ª cerimônia do Oscar será apresentada de uma maneira que represente as conquistas de seus indicados e vencedores como inferiores a quaisquer outras", disse a carta da Academia.
As mudanças também foram criticadas no Twitter, como por Cuarón, indicado ao Oscar tanto de fotografia como de direção por seu filme "Roma", que disputa a categoria de melhor filme.
"Na história do cinema, obras de arte já existiram sem som, sem cor, sem uma história, sem atores e sem música. Nenhum único filme jamais existiu sem fotografia e sem montagem", escreveu o cineasta mexicano no Twitter.
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