Topo

CCBB recebe exposição com peças resgatadas de incêndio no Museu Nacional

O incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruiu a maior parte de um acervo com mais de 20 milhões de peças - Tânia Rego/Agência Brasil
O incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruiu a maior parte de um acervo com mais de 20 milhões de peças Imagem: Tânia Rego/Agência Brasil

Do Rio de Janeiro

25/02/2019 17h59

O Museu Nacional do Rio de Janeiro, o mais antigo do Brasil, apresentou hoje sua primeira exposição após o incêndio que sofreu no ano passado e que destruiu grande parte da sua coleção, com peças que foram resgatadas dentre os escombros.

A exposição será aberta ao público a partir de quarta-feira (27) na sede do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro, e fica em cartaz até 29 de abril. A mostra inclui 103 peças que puderam ser resgatadas e restauradas após as chamas que devoraram o museu há quase sete meses.

A mostra está dividida em oito partes - antropologia, arqueologia, vertebrados, invertebrados, etnologia, entomologia, geologia e paleontologia - e nela é possível observar fósseis, animais dissecados, peças de cerâmica e crânios, entre outros.

O diretor do museu, Alexander Kellner, destacou que "graças a um trabalho intenso por parte dos servidores da instituição hoje se pode ver parte do material resgatado".

"Ainda tem muito mais por vir. Esta exposição demonstra que o Museu Nacional vive", acrescentou.

Por sua parte, a chefe da equipe de resgate do museu, Claudia Carvalho, ressaltou que em alguma das peças que formam a exposição há fraturas ou sinais que mostram a transformação que sofreram após o incêndio de grandes proporções que destruiu 90% do acervo da instituição.

Além disso, Carvalho explicou que "até o final deste ano" esperam acabar a fase de escavação em todas as áreas do museu e iniciar a fase de inventário de todas as peças.

O Museu Nacional do Rio de Janeiro, que abrigava cerca de 20 milhões de peças que datavam de diferentes períodos, foi arrasado pelas chamas no dia 2 de setembro de 2018 em uma tragédia que destruiu parte da história do país e um dos acervos mais importantes da América Latina.