Quadros de Picasso e Monet furtados na Holanda teriam sido queimados por mãe de ladrão
Sete quadros de mestres da pintura, incluindo um Picasso e dois Monet, furtados de um museu holandês em 2012 teriam sido queimados na Romênia pela mãe de um dos ladrões, informou nesta terça-feira (16) a agência de notícias Mediafax.
A mãe de Radu Dogaru, um dos autores do furto, declarou aos investigadores que, após enterrar as obras no jardim de uma casa abandonada no leste da Romênia e depois em um cemitério, resolveu queimá-las em sua casa para proteger o filho.
A agência de notícias cita o relatório dos procuradores entregue ao tribunal contra seis romenos que serão julgados a partir de 13 de agosto pelo crime.
Questionado pela AFP, o departamento especializado na luta contra o crime organizado (Diicot), que lidera as investigações, não quis comentar a informação.
"Após a prisão de meu filho em janeiro de 2013, tive muito medo, porque percebi que o que ele havia cometido era muito grave", declarou Dogaru, segundo a Mediafax.
Quatro dias após as buscas realizadas pelos investigadores em sua casa, em 13 de fevereiro, Dogaru teria decidido queimar os quadros na "esperança de acabar com as provas para que os suspeitos não pudessem mais ser condenados".
"Coloquei o pacote aonde estavam as pinturas em uma panela, coloquei alguns pedaços de madeira, chinelos e borracha e esperei até que queimassem completamente", declarou, segundo o documento citado pela Mediafax.
Seis romenos, incluindo Dogaru e seu filho, serão julgados por um dos maiores furtos de arte do século, cometidos em outubro de 2012 no museu de Kunsthal de Roterdã.
Em menos de 90 segundos, sete telas de grandes mestres foram levadas durante a noite: "Cabeça de arlequim", de Pablo Picasso (1971); "A ponte de Waterloo, Londres", de Claude Monet (1901); "A ponte de Charin Cross", de Claude Monet (1901); "Leitora em branco e amarelo", de Henri Matisse (1919); "Autorretrato", de Meyer de Haan (em torno 1889-1891); "Mulher diante de uma janela aberta", de Paul Gauguin (1888); e "Mulher com os olhos fechados", de Lucien Freud (2002).
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