2017 será lembrado como o ano em que Latino não regravou "Despacito"
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Na ressaca do Troféu Chico Barney, que premiou os mais relevantes esforços da cultura nacional em 2017, chegou o momento de registrar quais foram as grandes decepções do ano.
Veja a seguir quais fatos deixaram o amargo sabor da derrota na boca do cidadão brasileiro.
Latino não regravou "Despacito"
Latino passou um ano bem ocupado. Teve que lidar com o sumiço do macaco Twelves, fato que rendeu um emocionado vídeo no Instagram onde o cantor debulhava-se em lágrimas. Também teve que resolver alguns pormenores com a lei. No meio disso tudo, lançou um DVD celebrando seus trabalhos pioneiros no reggaeton, o ritmo da moda.
É lamentável que em nenhum momento tenha sobrado um tempo para regravar "Despacito". O emblemático hit global ainda carece de uma subversão em português. Infelizmente o povo brasileiro anda muito passivo e ninguém sequer agilizou uma petição online exigindo esse nosso direito.
O melancólico fim do "Pânico na Band"
É muito injusto que o "Pânico" tenha sido cancelado no mesmo ano em que Beto Salada surgiu. A genial criação de Daniel Zukerman, mesmo com pouco tempo de tela, já entrou para o panteão dos melhores personagens do humorístico. Sem contar que Christian Pior e Paula Ayala também estavam fazendo um ótimo trabalho cobrindo eventos.
No apagar das luzes, o "Pânico" voltou a brilhar naquilo que sempre fez de melhor, subverter a relação com celebridades das mais diferentes esferas e o próprio culto à fama. Que não demorem para retornar.
A situação pós-apocalíptica da dramaturgia na Record
A premissa de uma novela baseada no livro do Apocalipse com seus eventos ocorrendo nos tempos atuais é absolutamente genial. Nas mãos certas, daria um ótimo thriller ou quem sabe uma inspiradora fábula pós-moderna. Ao transformar tal conceito em panfleto religioso, a Record esquece do seu compromisso com o entretenimento e caminha obstinadamente rumo ao oblívio.
Os excessos de "MasterChef"
Se a temporada 2017 de "MasterChef" fosse uma pizza, certamente ela teria bordas de catupiry. Não é muito saudável esticar as temporadas ad infinitum e ainda colar diferentes edições umas nas outras, isso todo mundo já falou. Resta saber se a Band tem filmes do Jackie Chan o suficiente para quem sabe mudar de estratégia em 2018.
A arregada política de Luciano Huck
Não sei quais efeitos a candidatura de Luciano Huck teria para a situação do país, mas seria uma saída rápida e eficiente para transformar a programação da Globo aos sábados. Nada mais enfadonho que o programa "Estrelas", da hipotética primeira-dama Angélica. E o "Caldeirão", apesar da boa vontade do apresentador, anda em círculos há alguns anos.
***
Espero que tenhamos menos a lamentar em 2018.
Enquanto isso, voltamos a qualquer momento com novas informações.
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