Romenos negam queima de Picasso e Monet furtados e oferecem devolvê-los
Romenos que estão em julgamento acusados de roubarem pinturas avaliadas em dezenas de milhões, incluindo obras de Picasso e Monet, negaram ter queimado as obras de arte e estão dispostos a devolvê-las se for feito um acordo, disseram os advogados de defesa nesta terça-feira (13).
As pinturas foram roubadas do museu Kunsthal, de Roterdã, em outubro de 2012, em um dos assaltos mais impressionantes do mundo da arte nos últimos anos e que está entre os maiores da história da Holanda.
Um tribunal de Bucareste começou nesta terça-feira o julgamento dos seis romenos acusados, mas as audiências foram suspensas até o dia 10 de setembro, para esclarecer algumas questões técnicas.
Acreditava-se que pelo menos algumas pinturas, que incluem também obras de Matisse, Gauguin, Lucien Freud e Meyer de Haan, um artista holandês do século 19, teriam sido destruídas pelo fogo.
Uma equipe romena de especialistas disse que três pinturas poderiam ter sido queimadas. A mãe do suposto líder do roubo disse que ela tinha queimado as telas para proteger seu filho. Depois ela retirou a declaração.
"Nossos clientes nos informaram que as pinturas não foram queimadas e os documentos que temos nos fazem acreditar neles", disse Maria Vasii, uma advogada de defesa, segundo a agência estatal de notícias Agerpres.
"Nossos clientes estão esperando a estrutura correta para o julgamento para tomar todas as medidas necessárias para entregar estas pinturas às autoridades holandesas."
Um segundo advogado, Catalin Dancu, disse: "Temos uma surpresa para os juízes. Nossos clientes querem dizer onde estas pinturas estão, mas eles querem fazer um acordo."
Entre as obras roubadas estão "Tête d'Arlequin", de Picasso, "La Liseuse en Blanc et Jaune", de Matisse, e "Waterloo Bridge, London" de Monet.
Quando as telas foram roubadas, especialistas em recuperação de obras de arte disseram que havia uma boa chance de recuperá-las, por serem conhecidas demais para serem vendidas.
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