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Felipe Neto diz que Bolsonaro 'faz Trump parecer o médico Patch Adams'

Felipe Neto foi destaque do site do jornal "The New York Times", se posicionando contra Bolsonaro e Trump - reprodução/Instagram
Felipe Neto foi destaque do site do jornal "The New York Times", se posicionando contra Bolsonaro e Trump Imagem: reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

15/07/2020 12h35Atualizada em 15/07/2020 23h14

Em um vídeo de mais de seis minutos publicado no site do jornal The New York Times, o youtuber Felipe Neto criticou os presidentes e aliados políticos Jair Bolsonaro (Sem Partido) e Donald Trump.

O youtuber comparou os dois chefes do Executivo e afirmou que a atuação de Bolsonaro na pandemia de coronavírus "faz Donald Trump parecer Patch Adams" — se referindo ao médico norte-americano conhecido por seus tratamentos humanitários.

Ele pediu para que os eleitores norte-americanos ajudem o Brasil ao não reelegerem Donald Trump — aliado do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).

"Se você está se perguntando o que pode fazer para ajudar o Brasil a lidar com o nosso lunático, não reeleja o seu. Em novembro, vote para manter Trump fora da Casa Branca", disse.

No vídeo, Felipe Neto apresenta o perfil do presidente Bolsonaro e afirma que o brasileiro é o pior líder nesta crise.

"Os americanos gostam de se gabar de ser o líder mundial em tudo. E desde o surto da covid-19, vocês lideram as mortes. Isso se deve em parte ao seu presidente Donald Trump, que muitos de vocês afirmam ser o pior chefe de estado do mundo democrático hoje. Bem, estou prestes a mostrar que os 200 milhões de pessoas aqui no Brasil venceram. No momento, somos apenas o segundo em mortes, mas tenho certeza de que nosso líder, Jair Bolsonaro, é o pior presidente do mundo."

Felipe segue definindo Bolsonaro como "um militar que defende o uso da tortura na ditadura militar". A edição inseriu as falas de Bolsonaro na campanha presidencial de 2018, dizendo que ia "metralhar a petralhada" e um trecho de uma entrevista em que ele afirma ser "homofóbico com muito orgulho.

Em outra comparação, Felipe diz que o comício de Trump em Tulsa durante a pandemia, causando aglomeração, é algo recorrente do líder brasileiro.

"Ele vai a manifestações contra o Congresso. Ele vai a manifestações pedindo intervenção militar. Ele vai a mercados lotados. Ele vai para cerimônias militares. Ele faz churrasco, andando em um jet ski. Ele vai a protestos contra a Suprema Corte. Isso seria nojento, mesmo sem pandemia", afirmou.

Mas ele também apontou algo em comum entre os dois presidentes: a defesa da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19 — mesmo sem evidências científicas concretas."Ambos estão obcecados com um medicamento sem evidência de trabalhar contra a doença".

Felipe ainda citou os episódios de demissão dos ex-ministros Henrique Mandetta e Nelson Teich por seguirem as recomendações de isolamento social e o vídeo da reunião ministerial, em abril.

As falas de Bolsonaro se referindo ao número de mortos conforme ia crescendo foram incluídas. "E quando chegamos a 60.000, ele não disse nada, o que provavelmente foi o melhor", disse e completa: "Trump chama Bolsonaro de um bom amigo, e essa amizade é crucial para Bolsonaro manter sua popularidade. Isso legitima Bolsonaro".