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Canal CBS fecha acordo para aumentar diversidade em suas produções para TV

"The Big Bang Theory", uma das produções de maior sucesso da CBS, era composto por um elenco praticamente todo branco - Getty Images
"The Big Bang Theory", uma das produções de maior sucesso da CBS, era composto por um elenco praticamente todo branco Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

15/07/2020 19h48Atualizada em 15/07/2020 20h49

Os estúdios de TV CBS anunciaram hoje um contrato multianual com a NAACP (Associação Nacional para o Avanço de Pessoas de Cor), dos Estados Unidos), visando ter diversidade de etnias — latinos, negros, asiáticos, indígenas, entre outros — nas produções audiovisuais da empresa.

A ideia é que líderes criativos da CBS trabalhem com o grupo e desenvolvam conteúdo com e sem roteiro, além de documentários, para os canais de televisão e streaming.

O objetivo, de acordo com anúncio oficial, é expandir o número de vozes contando histórias inclusivas que aumentam a visibilidade e o impacto de artistas negros na indústria. A parceria será responsável tanto por conteúdo exclusivo quanto por produtos para outras plataformas, como Netflix e Amazon.

"Neste momento de despertar nacional, o melhor é contar histórias da experiência afro-americana. A programação e o conteúdo têm o poder de moldar perspectivas e conduzir conversas em torno de questões críticas. Essa parceria com a CBS nos permite trazer conteúdo importante para um público amplo ", disse Derrick Johnson, CEO da NAACP, ao site Hollywood Reporter.

O acordo entre CBS /NAACP chega pouco depois de George Cheeks, o CEO da CBS, apresentar um plano maior, para gastar um quarto do orçamento de desenvolvimento da temporada de transmissão de 2021-22 em projetos criados ou co-criados por escritores negros e indígenas.

A companhia também espera que toda a sua sala de escritores seja composta por pelo menos 40% de representação de pessoas não brancas, com esse número crescendo para 50% na temporada seguinte.

Esse movimento de ampliação da diversidade surge após forte pressão de manifestações antirracistas ao redor do mundo, como o Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em tradução livre), para tornar os retratos da mídia mais fiéis à realidade diversa do mundo. A pauta veio à tona após o assassinato de George Floyd, homem negro morto pela polícia estadunidense.