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Banda country Dixie Chicks muda de nome após pressão antirracista

Martie Maguire e Emily Robison integram a banda The Chicks, que escolheu mudar de nome após pressão antirracista - Getty Images
Martie Maguire e Emily Robison integram a banda The Chicks, que escolheu mudar de nome após pressão antirracista Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

25/06/2020 18h29

A banda country Dixie Chicks anunciou hoje que mudará seu nome para The Chicks. A justificativa é a recente pressão de movimentos antirracistas, como o Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, do inglês), para que símbolos que remetam positivamente à escravidão caiam em desuso.

O termo "Dixie" era um apelido dado aos estados do Sul durante o período da Guerra Civil nos Estados Unidos. No confronto com o Norte, os sulistas apoiavam, dentre outras causas, o prosseguimento da escravidão. Até hoje, bandeiras do Sul separatista são utilizadas por movimentos neonazistas e da extrema-direita estadunidense.

Duas semanas atrás, a banda Lady Antebellum tomou atitude semelhante, tornando-se apenas Lady A, para fugir de associação com termo racista utilizado no período da guerra. Ambas as medidas vêm em um contexto de fortalecimento do antirracismo, que cresceu após os assassinatos de George Floyd e Breonna Taylor — duas pessoas negras mortas pela polícia estadunidense.

No site de The Chicks, o trio afirmou que queria ir ao encontro do momento atual. Em nota, ainda houve agradecimentos à banda neozelandesa The Chicks, que aceitou compartilhar o nome com as norte-americanas.

Acompanhado da mudança do nome, o trio lançou um novo single, chamado "March March", que estará em seu quinto álbum de estúdio, "Gaslighter".

No clipe da canção de protesto, há filmagens de atos contra o aquecimento global, a violência policial e o racismo estrutural. No final, são exibidos nomes de pessoas negras assassinadas pela polícia, seguida da mensagem: "Use sua voz. Use seu voto".