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Colunistas e redação do UOL elegem os melhores filmes e séries do Globoplay

Elencamos as melhores séries e filmes para ver no Globoplay - Sean Locke / EyeEm/Getty Images/EyeEm
Elencamos as melhores séries e filmes para ver no Globoplay Imagem: Sean Locke / EyeEm/Getty Images/EyeEm

Do UOL, em São Paulo

20/04/2020 04h00

Ação, suspense, um pouco de romance, personagens perturbados (e um tanto divertidos), mulheres injustiçadas ou em busca de justiça: os serviços de streaming estão aí para fazer de sua quarentena um período menos enfadonho —como já mostramos em nossas seleções do que há de melhor na Netflix e no Amazon Prime Video.

Não é diferente com o catálogo do Globoplay. Para ajudar você na hora de escolher o que assistir, nossos repórteres, editores e colunistas elegeram os melhores filmes e séries disponíveis. Aproveite.

Beatriz Amendola, repórter

'Killing Eve'

Ação. Suspense. Figurinos espetaculares. Uma das melhores químicas já vistas na tela da TV. Motivos não faltam para assistir à série britânica de espionagem, que traz Sandra Oh ("Grey's Anatomy") caçando Vilanelle, uma assassina impiedosa --e também uma das vilãs mais divertidas dos últimos tempos. A história cheia de reviravoltas é eletrizante e as atuações das duas protagonistas são memoráveis (tanto que ambas já ganharam o Emmy). Pode ver sem medo!

Chico Barney, colunista

'Californication'

As aventuras de Hank Moody são divertidíssimas. É sobre a vida desse escritor completamente perturbado, um alcoólatra incorrigível e mulherengo contumaz, que vive vacilando com a família. O cara seria eliminado do BBB logo nas primeiras semanas, ou seja, entretenimento puro.

Cena da série "Justiça" - Divulgação - Divulgação
Cena da série "Justiça"
Imagem: Divulgação

Débora Miranda, editora

'Justiça'

"Amanhã eu vou fazer justiça." A frase dita por Elisa (Débora Bloch) no primeiro capítulo de "Justiça" mostra bem o que a série se propõe a discutir. São cinco histórias que se cruzam, em que os personagens enfrentam situações dramáticas e se sentem injustiçados pela forma institucional como a justiça é feita. No caso de Elisa, por exemplo, ela assiste à filha ser assassinada pelo noivo ciumento. Sete anos depois, quando ele sai da cadeia, ela está pronta para matá-lo. Mas muita coisa muda em sete anos. Entre os protagonistas da série estão Adriana Esteves, Jéssica Ellen, Luisa Arraes, Cauã Reymond e Drica Moraes. O intrigante --e dramático-- texto de Manuela Dias, autora de "Amor de Mãe", conduz o telespectador a uma saga que faz refletir sobre as mais profundas convicções de certo e errado. Afinal, como se faz justiça?

Lígia Nogueira, editora interina

'Drive'

Só a presença de Ryan Gosling como um solitário e misterioso dublê de piloto em filmes de Hollywood dispensaria o restante deste texto, mas o longa que rendeu ao dinamarquês Nicolas Winding Refn o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes em 2011 reúne predicados que compensam passar 1h35 da quarentena em frente à tela. Homenagem escancarada ao cinema americano dos anos 70 e 80, a obra merece ser (re)vista justamente por contar uma história de amor (alô, Carey Mulligan!) cheia de suspense e violência em uma trama envolvente com direito a Los Angeles como cenário e uma trilha climática repleta de sintetizadores ao fundo.

Cena da série "The Handmaid's Tale", com Elizabeth Moss  - Divulgação/Hulu  - Divulgação/Hulu
Cena da série "The Handmaid's Tale", com Elizabeth Moss
Imagem: Divulgação/Hulu
Liv Brandão, editora

'Handmaid's Tale'

Se você não passou os últimos anos trancafiado numa caverna sem televisão ou acesso à internet, você já deve pelo menos ter visto a imagem de uma mulher cabisbaixa, vestindo uma recatada túnica vermelha e com um chapeuzinho branco de gosto duvidoso. Esse é o uniforme que as aias usam em "Handmaid's Tale", premiada série disponível no Globoplay. Estrelada por Elisabeth Moss e inspirada no livro de Margaret Atwood, a série vencedora do Globo de Ouro imagina o que teria acontecido aos Estados Unidos caso uma ditadura religiosa ultraconservadora fosse instaurada. As mulheres viram meros objetos de reprodução e a violência impera. Apesar de recorrer muitas vezes ao chamado "torture porn" (em que cenas violentas demais acabam sendo um pouco gratuitas), é uma história pesada, que faz pensar.

'The Affair'

Outra série premiada que demorou para chegar ao Brasil, "The Affair" traz um elenco de peso com Dominic West ("The Wire"), Maura Tierney ("ER"), Ruth Wilson ("Luther"), Joshua Jackson ("Fringe") e ainda a brasileira Julia Goldani Telles ("Bunheads"). O drama psicológico mostra os efeitos de um caso extraconjugal que afeta a vida de duas famílias. Na primeira temporada (foram cinco, no total), os episódios são divididos em dois e contados a partir da perspectiva dos protagonistas para os mesmos eventos. Assim, marcam a diferença como a memória de cada um absorveu o que aconteceu. O formato é ótimo e a história é intrigante (sim, tem crime no meio). Não à toa, venceu três Globos de Ouro.

Os Normais - João Miguel Júnior/TV Globo - João Miguel Júnior/TV Globo
Imagem: João Miguel Júnior/TV Globo

Mariana Tramontina, editora interina

'Os Normais'

Um carioca mulherengo vacilão e uma manipuladora estressada. O que esperar dessa química duvidosa? Bem, uma das melhores sitcoms brasileiras. "Os Normais" foi exibida na Globo entre 2001 e 2003, e durou só três temporadas (ganhou dois filmes depois, tão engraçados quanto a série). Com um dos melhores textos da TV aberta, escrito por Fernanda Young e Alexandre Machado, as histórias que acontecem na vida do casal Rui (Luis Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) são ridículas e hilárias. E é fácil se identificar porque eles são ranzinzas, cheios de manias, preconceitos, paranoias e gastam energia com preocupações bem fúteis. Ou seja, completamente normais.

Mauricio Stycer, colunista

'Marielle, o Documentário'

Não há dificuldade alguma em entender a importância desta história e as inúmeras implicações que ela tem na vida brasileira. Trata-se da primeira experiência do Globoplay na produção de documentários. Dirigida por Caio Cavechini, a série busca apresentar em seis episódios um perfil multifacetado de Marielle Franco, da infância à vida política, e ao mesmo tempo mostrar a longa e confusa investigação sobre o assassinato da vereadora do PSOL no Rio de Janeiro. Ao expor as muitas idas e vindas da investigação, as diferentes teorias sobre o crime e, em especial, a grande pergunta sem resposta —quem mandou matar Marielle?—, o documentário vai até onde é possível ir com o jornalismo.

Lady Gaga em cena de "American Horror Story: Roanoke" - Reprodução - Reprodução
Lady Gaga em cena de "American Horror Story: Roanoke"
Imagem: Reprodução
Rafael Godinho, repórter

'American Horror Story'

A premiada série de terror produzida por Ryan Murphy e Brad Falchuk não é nenhuma novidade, mas aborda temas bem atuais, com críticas ferrenhas à sociedade. Em meio ao enredo de ficção, conseguimos enxergar figuras muito presentes em nosso convívio. No Globoplay tem todas as oito temporadas. Destaque para a sétima, que aborda a eleição de Donald Trump, em 2016, nos EUA.