R. Kelly pede à Justiça para deixar prisão por medo de contrair coronavírus
O cantor R. Kelly, preso sob acusações de abuso sexual, entrou pela segunda vez com um pedido de liberdade, após ter a primeira solicitação de fiança negada pela Justiça americana no início deste mês. A preocupação dos advogados do artista, famoso pela música "I Believe I Can Fly", é, mais uma vez, que ele contraia o novo coronavírus no contato com outros detentos.
O primeiro pedido de liberdade foi rejeitado pela juíza distrital Anne Donnelly, sob argumento de que não havia casos confirmados da Covid-19 no Metropolitan Correctional Center de Chicago, onde ele está detido. Segundo a defesa, no entanto, seis casos da doença foram detectados no local, com alta probabilidade de "contaminação por um vírus mortal".
Respondendo aos argumentos de que Kelly tentaria fugir caso fosse libertado, os advogados salientaram que, caso ele tentasse, seria "a pessoa mais óbvia e reconhecível nas ruas de Chicago ou em qualquer outro lugar do país". Promotores responderam afirmando que ele já ganhou mais de US$ 200 mil em royalties apenas este ano com suas músicas e, portanto, tem meios para fugir do país.
R. Kelly está preso sem direito a fiança desde julho do ano passado, depois de receber 13 acusações vindas mulheres de vários estados americanos. Entre as queixas, o cantor é acusado de manter relações sexuais com menores de idade e de tratar mulheres como escravas sexuais. Os casos foram revelados no documentário "Sobreviver a R. Kelly: Acerto de Contas", que está sendo exibido no Brasil pelo Lifetime.
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