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Bolsonaro defende Gusttavo Lima e diz que cantor foi atacado "covardemente"

Gusttavo Lima (Foto: Reprodução/Youtube) - Gusttavo Lima (Foto: Reprodução/Youtube)
Gusttavo Lima (Foto: Reprodução/Youtube) Imagem: Gusttavo Lima (Foto: Reprodução/Youtube)

Do UOL, em São Paulo

16/04/2020 22h04

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) saiu em defesa de Gusttavo Lima e disse que ele foi atacado "injusta e covardemente" depois de realizar live no último fim de semana. O cantor sertanejo virou alvo de representação no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) por causa das propagandas de bebida alcoólica feitas durante transmissões pela internet.

"Minha solidariedade ao cantor Gusttavo Lima, que vem sendo injusta e covardemente atacado após a grande live que fez dentro de sua própria casa. Ele e outros artistas sertanejos e de demais gêneros têm sido grandes heróis nessa luta contra a covid-19 e merecem aplausos", escreveu.

"Tomaram uma iniciativa espontânea louvável, demonstrando amor pelo seu povo e país, levando entretenimento e conforto para a casa de milhões de famílias neste momento de estresse, além de arrecadarem toneladas de alimentos e promoverem grandes doações. O Brasil agradece!", completou.

O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) abriu na terça-feira (14) uma representação ética contra as ações publicitárias realizadas nos shows "Live Gusttavo Lima - Buteco em Casa" e "Buteco Bohemia em Casa", do cantor Gusttavo Lima, transmitidos pelas redes sociais no dia 28 março e 11 de abril.

Segundo o órgão, o processo foi aberto "a partir de denúncias recebidas de dezenas de consumidores", que consideraram que as ações publicitárias realizadas pela Ambev "carecem de cuidados recomendados pelo Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária para a publicidade de bebidas alcoólicas".

A Ambev informou que envia aos artistas patrocinados em lives um guia sobre as regras do Conar, mas disse que algumas orientações não foram seguidas. A empresa disse que vai reforçar essas recomendações.

A Ambev e o cantor podem enviar suas defesas ao Conselho de Ética, segundo o Conar, ou adaptar "de imediato o conteúdo publicitário das lives às regras éticas" — ou seja, retirar trechos da transmissão do ar. Ainda não há uma data para o julgamento do processo.

Ao UOL, a assessoria do sertanejo explicou que "o departamento jurídico do artista já está acompanhando o caso, tratando-se, portanto, de uma citação de processo administrativo". O texto esclarece que não se trata de um processo judicial. "Em razão da confidencialidade, citada na intimação do Conar, o escritório Balada Eventos não comentará o caso e se manifestará perante o órgão no prazo legal."