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Ozzy não está sozinho: 10 ícones do rock diagnosticados com doenças graves

Ozzy toma sorvete no hospital em uma de suas várias internações nos Estados Unidos Imagem: Reprodução/Instagram

Leonardo Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

22/01/2020 13h00

Ozzy Osbourne, 71, revelou em entrevista ao programa Good Morning America o que muitos fãs já desconfiavam: após ser diagnosticado em 2005 com Síndrome de Parkin, a lenda do metal confirmou que o quadro evoluiu para doença de Parkinson do tipo 2. Segundo ele, o tratamento já começou fora dos Estados Unidos, com consulta marcada em abril na Suíça.

Por causa do delicado estado de saúde, Ozzy precisou adiar novamente shows de sua No More Tours II, que passou pelo Brasil em 2018. "Vindo de uma classe trabalhadora, eu odeio decepcionar as pessoas. Odeio não fazer meu trabalho", lamentou o vocalista, que já havia anunciado que esta é a última de suas grandes turnês.

O Príncipe das Trevas não está sozinho. Várias outras lendas do rock revelaram ter doenças graves e nem por isso decidiram abandonar instantaneamente a carreira ou a vida pública, como será o caso do ex-Black Sabbath. "Não chega a ser uma sentença de morte, mas atinge o sistema nervoso. Você alterna entre dias bons e ruins", disse Sharon Osbourne na mesma entrevista.

Veja abaixo dez exemplos de roqueiros que passaram ou estão passando por momentos complicados em termos de saúde e continuam em cena.

Eric Clapton

Lenda do rock, Clapton, hoje com 74 anos, admitiu recentemente sofrer de uma doença que age no sistema nervoso e afeta o movimento dos pés e das mãos. Ele ainda revelou que, depois de tantos anos e turnês, também começou a perder a audição. Fãs ficaram preocupados, mas, apesar de ter diminuído o ritmo das apresentações, ele continua fazendo shows e soltando músicas. Seu último álbum de estúdio, Happy Xmas foi lançado em 2018 trazendo releituras natalinas.

Imagem: Fred Thornhill/Reuters

Eddie Van Halen

O guitarrista do Van Halen revelou sofrer de câncer na língua em 2000, quando teve de remover parte do órgão em uma delicada cirurgia. Dois anos depois, com o tratamento, ele se declarou livre da doença. A batalha, no entanto, ainda não terminou. Desde 2014, ele vem tratando outro câncer, agora na garganta, com sessões de radioterapia realizadas na Alemanha. Mesmo com o estado de saúde se deteriorando nos últimos tempos, Eddie não decretou aposentadoria nem o fim do Van Halen, que não se reúne desde 2015.

Imagem: Ethan Miller/Getty Images/AFP

Bruce Dickinson

Piloto de avião, empreendedor e vocalista do Iron Maiden, Bruce não se abateu ao descobrir um câncer na língua em um exame de rotina em 2014. Depois de sete semanas de tratamento, ele anunciou que estava curado, dando continuidade à carreira na música e demais atividades profissionais. Como ele provou na última apresentação do Iron no Rock in Rio, em outubro, os cabelos podem estar diferentes, mais grisalhos, mas o vocal continua em grande forma.

Imagem: Manuela Scarpa/UOL

Brian Johnson

O vocalista do AC/DC, que em 2009 fora diagnosticado com Esôfago de Barrett, recebeu um ultimato dos médicos sete anos depois: ou ele parava de fazer shows ou corria o sério risco de ficar surdo. Por causa de um grave problema auditivo, ele deixou o grupo, sendo substituído por Axl Rose, do Guns 'N Roses, na turnê, mas aos poucos foi se reaproximando da música. Johnson já se reuniu com os ex-companheiros e prepara disco e turnê para 2020, na qual usará um aparelho auditivo.

Imagem: Lucy Nicholson/Reuters

Tony Iommi

Colega de Ozzy e outro mito do rock pesado a se deparar com uma doença grave: Tony Iommi, Diagnosticado com linfoma (câncer no sistema linfático) em 2012, poucos meses após anunciar a reunião do Black Sabbath, o mago dos riffs decidiu não alterar sua rotina. Seguiu gravando e se apresentando ao vivo enquanto se submetia a sessões de quimioterapia. Deu certo. Em 2016, ele anunciou a remissão do câncer. O Black Sabbath pode ter chegado ao fim, mas Iommi não fala em aposentadoria.

Imagem: Marcus Desimoni/UOL

Dave Mustaine

O líder do Megadeth assustou fãs ao anunciar, em junho do ano passado, que estava com câncer na garganta, que o obrigou a cancelar shows, incluindo uma apresentação no Rock in Rio. Mustaine teve de sair de cena para se dedicar ao tratamento, que foi finalizado com sucesso no fim do ano passado. Vida que segue. O grupo, que hoje conta com o guitarrista brasileiro Kiko Loureiro, já voltou aos palcos e tem dezenas de apresentações marcadas este ano.

Imagem: Reprodução/Instagram

Mick Mars

O guitarrista do Mötley Crüe sofre desde os 17 anos de espondilite anquilosante, uma doença inflamatória crônica e incurável, que afeta as articulações da cabeça, tórax e coluna. Devido à condição delicada, ele sempre conviveu com dores e teve comprometidos os movimentos, o que o levou a uma cirurgia de substituição do quadril em 2004. O amor à música fala mais alto para ele, que jamais deixou o grupo e segue firme em shows e estúdios.

Imagem: Getty Images

Linda Ronstadt

Uma das maiores estrelas do country rock, Linda revelou em 2013 que tinha Parkinson, após mais de uma década sofrendo com sintomas. O diagnóstico foi posteriormente reavaliado como paralisia supranuclear progressiva, uma doença degenerativa rara envolvendo a gradual deterioração de áreas do cérebro. Apesar de ter sido obrigada a se aposentar, Linda continua ativa na cena, seja participando de documentários, concedendo entrevistas e recebendo prêmios.

Imagem: Reprodução/CNN

Jason Becker

O guitarrista americano, ex-prodígio do rock pesado, soube que sofria de esclerose lateral amiotrófica em 1990, quando tinha apenas 20 anos, com toda uma vida e carreira pela frente. Ele foi perdendo os movimentos aos poucos, perdendo também a habilidade de tocar, andar e falar. Ainda assim, com ajuda de um computador, continuou compondo e lançando discos, o que lhe rendeu status de mito e exemplo de superação no meio do metal.

Imagem: Reprodução

Wilko Johnson

Ex-guitarrista do Dr. Feelgood e ator de Game of Thrones, o inglês Wilko Johnson anunciou em 2013 um câncer de pâncreas em estado terminal. Comoveu seguidores ao dizer que não faria quimioterapia, partindo para a última turnê da vida. A única alternativa que lhe restava era um arriscado procedimento cirúrgico, que acabou tendo o melhor resultado possível. "Foi uma operação de 11 horas. O tumor pesava 3 kg, do tamanho de um bebê", declarou ele em 2014, já livre da doença.

Imagem: Divulgação

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