Ex-presidente do Grammy diz que foi afastada após denunciar assédio sexual
Resumo da notícia
- Presidente afastada da Academia do Grammy entrou com processo contra ex-chefes
- Deborah Dugan diz que foi demitida após denunciar assédio sexual na organização
- Em resposta, Academia diz que Dugan é que foi alvo de denúncias de funcionários
Deborah Dugan, que foi afastada como presidente da Academia Nacional de Artes e Ciências Musicais na semana passada, pouco antes da edição 2020 da premiação do Grammy, concedida pela organização, está processando seus ex-chefes.
Segundo a CNN, Dugan e seus advogados entraram com processo na Comissão de Igualdade no Mercado de Trabalho (EEOC, na sigla em inglês) norte-americana, alegando que a executiva foi afastada pouco depois de enviar e-mail para o departamento de recursos humanos da Academia denunciando casos de assédio sexual.
"A decisão de afastar a Sra. Dugan foi claramente tomada em retaliação a sua denúncia, e veio junto de ameaças veladas de demissão definitiva caso ela continuasse exigindo justiça", diz parte do texto do processo, que alega que a própria Dugan foi vítima de alguns dos casos de assédio que denunciou à administração.
Ainda de acordo com os advogados da executiva, Dugan também foi ameaçada por detectar "diversas irregularidades" no processo de votação do Grammy, que "foram possibilitadas pela mentalidade machista da Academia".
Em resposta, a organização diz que Dugan é que foi alvo de reclamações de funcionários, que teriam alegado que ela criava "um ambiente tóxico de trabalho, marcado por comportamento abusivo e bullying" por parte da chefe.
Segundo o site da revista Variety, uma das denúncias de Dugan diz respeito a Neil Portnow, seu antecessor no cargo de CEO da Academia. Documento citado pela publicação diz que o ex-dirigente violentou sexualmente uma artista — o nome não foi citado, mas ela é apresentada como "estrangeira". A diretoria da entidade teria ciência do caso.
Procurado pelo site The Hollywood Reporter, Portnow afirmou em nota que as acusações são "ridículas e falsas". "Uma investigação profunda e independente, de advogados experientes e conceituados, foi conduzida e me inocentou completamente. Não havia base para as alegações, as quais nego inequivocamente", anunciou.
A Academia não negou que a executiva tenha feito denúncias de assédio sexual para o departamento de recursos humanos — mas disse que, em seu e-mail inicial, Dugan incluiu uma instrução para que a administração "não tomasse nenhuma providência".
A organização disse que, ao invés de acatar o pedido, lançou uma investigação independente sobre as denúncias.
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