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Grammy gastou 15 milhões de dólares com advogados externos, diz revista

Deborah Dugan, presidente da Recording Academy - Angela Weiss / AFP
Deborah Dugan, presidente da Recording Academy Imagem: Angela Weiss / AFP

Do UOL, em São Paulo

18/01/2020 21h46

Dois dias após o afastamento de Deborah Dugan da presidência da Recording Academy, responsável pelo Grammy, a revista Variety publicou que academia gastou US$ 15 milhões (cerca de R$ 62,7 milhões) com dois escritórios de advocacia e outras despesas legais. Os valores foram apontados por Dugan em um relatório enviado à RH da Recording Academy, alegando excesso de despesas.

Segundo a Variety, os escritórios beneficiados entre 2013 e 2017 pertenciam a Joel Katz e Chuck Ortner, pessoas ligadas à indústria musical. Os dois também são apontados como próximos do ex-presidente Neil Portnow e o atual interino Harvey Mason Jr.

Kratz já foi representante de artistas como Michael Jackson e Justin Timberlake.

A revista aponta, por meio de fontes internas, que Katz e Ortner também recebem salários como conselheiros externos da Academia.

À Variety, Katz afirmou não ter certeza de ter recebido salário ao longo dos anos, mas afirmou que os honorários da empresa incluíam a negociação de contratos de televisão com a rede CBS em 2016 para a transmissão do Grammy — acordo que renderia à academia mais de US$ 20 milhões (R$ 83,6 milhões) anualmente.

A Recording Academy alega não possuir advogados dentro de seu quadro, e por isso teria recorrido a escritórios de advocacia externos.

Dugan foi afastada do cargo a apenas dez dias da 62ª edição do evento. No posto desde agosto do ano passado, ela foi denunciada por má conduta. A revista levantou a possibilidade de que a denúncia faz parte de uma manobra para barrar as mudanças na academia defendidas por Deborah.