Antes de Jaspion, ex-diretor da Globo quase lançou embrião de Power Rangers
Resumo da notícia
- Jaspion - O Filme será a primeira adaptação brasileira de uma série japonesa para o cinema
- Trinta anos atrás, Jayme Monjardim, ex-diretor de novelas da Globo, se interessou em Cybercop
- O diretor estava na Manchete, que exibia a série japonesa com policiais robotizados
- Cybercop seria a primeira produção ocidental de uma série japonesa, antes de Power Rangers
- O sucesso de Pantanal, novela dirigida por Monjardim, engavetou o filme brasileiro de Cybercop
Anunciado na CCXP 2019, Jaspion - O Filme será a primeira adaptação brasileira para o cinema de um herói japonês, filão que rendeu audiência na TV e ainda deixa saudades para quem viveu os anos 80 e 90, período em que as séries asiáticas pipocavam nas emissoras. Trinta anos antes, porém, outra produção gringa quase ganhou uma versão nacional nas mãos de um ex-diretor da Globo.
Vamos à história: a série em questão era Cybercop, que no Brasil teve acrescido o aposto "Policiais do Futuro". Os Cybercops, lançados logo depois do sucesso de Robocop, também eram "policiais ciborgues" que usavam uma armadura especial para combater a criminalidade em Tóquio.
A série desembarcou no Brasil em 1990. Trazida por Nelson Sato, presidente da Sato Company, Cybercop entrou na programação da Manchete, que procurava novas produções japonesas após o estouro de Jaspion, Jiraya, Changeman e Flashman, por exemplo.
"Foi nosso primeiro trabalho com a Manchete. Em Jaspion, participei com o Toshihiko Egashira [dono da Everest Video, licenciadora da série], éramos jovens em 1988, eu tinha 27 para 28 anos. Começamos a abrir essa porta de conteúdo japonês, trabalhamos juntos Na sequência, trouxe Cybercops", relembra Nelson Sato em entrevista ao UOL.
Pantanal atrapalhou projeto
Mas como o ex-diretor da Globo entra na história? Na Manchete, Nelson Sato conheceu Jayme Monjardim, que tinha acabado de sair da emissora líder de audiência para encarar o desafio de dirigir a novela Pantanal, de Benedito Ruy Barbosa. Ele, para surpresa do empresário, tinha interesse em produzir uma versão brasileira de Cybercop.
"O Jayme estava em Pantanal, começando a dar certo, mas ele via o sucesso que fazia os heróis japoneses. Ele falou: 'Sato, vamos fazer isso aqui no Brasil?'. Eu: 'Como assim?'. 'Vamos fazer esse negócio de herói aqui no Brasil, você está com Cybercops. Vamos fazer?'. Falei: 'Olha, a ideia é bacana'. Eu também achava interessante. 'Deixa eu conversar com o Japão'", recorda.
Se o filme brasileiro saísse do papel, seria o primeiro live-action ocidental de uma produção japonesa, já que Power Rangers só estreou nos Estados Unidos em 1993. Os Cybercops nacionais, entretanto, só ficaram na conversa entre o diretor de novelas e Nelson Sato.
"Ele saiu da Globo com o desafio de fazer a novela, e Pantanal deu muito certo e muito trabalho para ele. Depois, vieram outras novelas, como Amazônia, e esse projeto ficou na gaveta. A gente queria fazer, mas devido à função de cada um acabou não dando certo, mas surgiu a ideia junto com o Jayme Monjardim, antes de Power Rangers. Talvez a gente seria o pioneiro para fazer uma coisa ocidentalizada", conta o executivo.
Embora não tenha virado filme, Cybercop ganhou, sim, uma versão brasileira em circos e até no palco do Domingo Legal, programa de Gugu Liberato no SBT. Relembre:
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