Topo

Brie Larson sobre Capitã Marvel e críticas dos trolls: "Nunca joguei meu nome no Google"

Brie Larson falou sobre "Capitã Marvel" em painel da CCXP - Iwi Onodera/UOL
Brie Larson falou sobre "Capitã Marvel" em painel da CCXP Imagem: Iwi Onodera/UOL

Do UOL, em São Paulo

08/10/2019 15h11

Brie Larson não gastou nem um minuto lendo as postagens ofensivas de trolls que invadiram a internet antes, durante e depois do lançamento de Capitã Marvel. Em entrevista à Variety, a atriz disse que simplesmente nunca jogou o seu próprio nome no Google.

"Eu não tenho tempo para isso, sabe? As coisas que consomem o meu tempo livre são outras. Eu estou comendo de forma saudável? Estou bebendo água o bastante? Estou meditando? Já liguei para a minha mãe hoje?", brincou ela.

"Mais recentemente, eu imagino que por causa de Capitã Marvel, muitos jornalistas me perguntaram: 'Com que frequência você joga o seu nome no Google?'. E eu sempre digo: 'Eu nunca joguei o meu nome no Google'", continuou.

"Genuinamente, eu nunca precisei que a internet explicasse para mim quem eu sou", alfinetou ainda. "Eu estou muito comprometida comigo mesma. Não há nada mais prazeroso do que observar a minha própria mente, e interrogar a mim mesma. Eu faço isso desde criança".

"Também me comprometi a me cercar de pessoas que não me deixem ir por esse caminho [da fama 'subindo à cabeça']. Se eu precisar que algum deles me dê um toque e me diga que eu estou agindo de forma errada, sei que eles farão isso", completou.

Carol Danvers, o "símbolo"

Apesar da oposição dos trolls, Capitã Marvel foi um fenômeno gigantesco. O filme a transformou na primeira mulher a ancorar um blockbuster da Marvel, e na super-heroína mais lucrativa da história do cinema, com US$ 1,12 bilhão ao redor do mundo nas bilheterias.

Falando sobre o impacto social do filme, Larson se diz feliz de que Capitã Marvel se tornou "maior do que ela". "Eu senti que era importante criar um símbolo quando estava filmando Capitã Marvel", confessou.

"No entanto, uma vez que as filmagens acabaram, e especialmente quando o filme foi lançado, eu preciso deixar que as pessoas tenham suas próprias experiências com ele. Não é algo só meu, não mais. Com Capitã Marvel, isso é definitivamente verdadeiro", comentou.

"Isso me deixa muito feliz, na verdade. Eu não percebi tudo isso até o momento em que segurei o boneco da Capitã Marvel na minha mão, porque eu pensei: 'Uau, as crianças podem brincar com isso no chão de casa, e essa personagem pode ter experiências ilimitadas'", disse ainda.

Time's Up e direção

Outro tema abordado pela entrevista da Variety foi o movimento Time's Up, que denuncia assédio sexual em locais de trabalho e ganhou força em Hollywood após as denúncias contra Harvey Weinstein, no final de 2017. Larson se tornou, desde então, uma das maiores ativistas do movimento.

"Eu ganhei muitas irmãs [no Time's Up]", definiu Larson. "É assim que eu penso nisso, em termos do quanto a minha família cresceu, rapidamente. Eu fico realmente impressionada com as mulheres incríveis na minha indústria que eu não pude conhecer antes disso".

"É muito poderoso, porque eu tibe a oportunidade de crescer e aprender com essas mulheres, e isso continua acontecendo. Há muito progresso na própria forma através da qual nós incorporamos nossas identidades como mulheres, nossas vozes, nossos amadurecimentos", completou.

Já sobre uma segunda carreira como diretora, iniciada com a comédia Loja de Unicórnios (lançada pela Netflix no começo deste ano), Larson parece muito animada. "Já estou escrevendo algumas coisas", disse, sobre seu próximo projeto na função.

"Estou escrevendo coisas sozinha, mas também contratei alguns roteiristas para desenvolver outras ideias. Também quero fazer algo que não tenha roteiro [como documentários ou reality shows]. Meu plano é continuar dirigindo", finalizou.