No Pânico, Paulo Ricardo discorda de Emílio sobre retorno de Sandy e Junior
O cantor Paulo Ricardo foi o convidado especial da edição de hoje do programa Pânico, da Rádio Jovem Pan. Divulgando a turnê de 35 anos do show Rádio Pirata, Paulo não escapou das perguntas feitas pela bancada comandada por Emílio Surita.
Dentre as questões discutidas, a turnê da dupla Sandy & Júnior foi citada durante a conversa e o vocalista ainda falou sobre o sucesso (e as polêmicas) do RPM.
Criticado por Surita, que classificou os fãs presentes nos shows da dupla como "pessoas nas trevas", o retorno dos filhos de Xororó foi defendido por Paulo Ricardo.
"Acho que a turnê é um grande sucesso. Exemplo de organização de todos os pontos de vista. Sandy e Junior não é só a música, tem tudo o que eles representaram para uma geração. O seriado deles na televisão... Eles foram tipo uns Friends, lançaram o Mion [Marcos]. É uma experiência multimídia", disse.
RPM e a geração pré-Aids
"No auge da testosterona", como o próprio cantor se classificou à época do auge da Banda RPM, Paulo Ricardo gargalhou quando Emílio relembrou a mobilização que o grupo causava, para depois ressaltar que fez parte da "última geração pré-Aids".
"Foram outros tempos. Só para impactar... Não se ouvia, não existia Aids até 1984. Quer dizer, já existiam sinais e indícios. Mas não havia essa explosão, essa epidemia e essa demonização da Aids como um câncer gay e todo o preconceito e perseguição que ela gerou. Mas acabou de maneira abrupta", afirmou.
Questionado sobre a polêmica envolvendo a relação com os outros integrantes do RPM, Paulo Ricardo lamentou o que chamou de "coisas da vida". Sem entrar nos méritos da briga, o vocalista aceitou uma eventual reconciliação proposta por Emílio Surita, mas salientou que bandas terminam.
"Banda é um grupo de jovens. Bandas acabam. Naquele momento da juventude você vive em função daquilo. Ela é o seu maior interesse, prioridade total. Mas o normal é que as pessoas cresçam, casem, tenham filhos... A banda deixa de ser a coisa mais importante da sua vida", ressaltou Paulo antes de citar John Lennon como exemplo. "Dura uns dez anos... O normal é acabar. Olha o gênio John Lennon, foi fazer pão! Tirou cinco anos para não fazer nada", encerrou.
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