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"De Pernas pro Ar": Por que precisamos de uma comédia falando de sexo em 2019?

Leonardo Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

10/04/2019 04h00

Em tempos de educação sexual nas escolas questionada por políticos e parte da sociedade, a comédia "De Pernas pro Ar 3", continuação da história da empresária do ramo de brinquedos eróticos Alice (Ingrid Guimarães), é mais atual do que suas predecessoras, lançadas em 2010 e 2012.

Essa ao menos é a opinião do elenco do filme, que estreia amanhã com expectativa de liderar bilheterias. A franquia, uma das mais bem-sucedidas do cinema nacional, já fez mais de 8,4 milhões de espectadores saíram de casa para gargalhar com um dos grandes tabus do brasileiro: o próprio prazer.

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"Eu não acho nem que é questão de ainda ser engraçado. Eu acho que o humor é a melhor maneira de falar de temas tabus", diz ao UOL Ingrid Guimarães, que também assina o roteiro do filme. "Acho o 'De Pernas pro Ar' muito mais revolucionário do que quando ele surgiu."

História familiar

Na nova história, Alice decide abandonar a presidência de sua empresa de brinquedos eróticos para se dedicar à família, mas ela volta atrás para competir no mercado com a jovem Leona (Samya Pascotto), desenvolvedora de um revolucionário óculos de realidade virtual para vídeos pornôs.

Em sua história familiar, a trama retrata, por exemplo, o filho da personagem levando a namorada para transar dentro de casa e a filha pequena demonstrando toda sua curiosidade infantil sobre a finalidade das bonecas infláveis. Para elenco e produção, a presença do sexo no nosso cotidiano precisa ser naturalizada, e o cinema cumpre parte importante nesse processo.

"Sexo faz parte da vida. E quanto mais a gente se informar sobre isso, mais uma vida saudável a gente vai ter em sociedade. Reprimir o sexo é fazer uma sociedade mais violenta, porque isso vai sair de algum lugar mal para alguém", entende Samya, Bruno Garcia concorda.

"Existem tabus, mas a naturalização, ou a tentativa de naturalização do sexo como prática saudável e desejável está no cerne dessa discussão."

37 Comentários

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Calderado

Sou professor de literatura brasileira. Há alguns anos atrás, como estava trabalhando com os alunos (adolescentes) o século 18, queria passar o filme Tiradentes, que descobri numa locadora. Que decepção! Um horror! Constrangedor. Ainda bem que assisti antes dos alunos. Só sexo, palavrão... Porcaria! Tiradentes, com raiva dessa porcaria, deve estar até hoje arrancando os dentes dos atores, e do diretor desse lixo, dessa porcaria. Decepção total. Não passei o filme, naturalmente.

cristiane sizino cohen

Tendo ou não sexo no meio, dispenso essas comédiazinhas rasas e enjoativas, é o tipo de filme que CORRO LÉGUAS. E outra, mais do que se tem falado em sexo ultimamente, não tem nada a ver tentarem colocar isso como O diferencial pra se ir ver ou não a um filme.