"Deixando Neverland" teve pouco impacto nos lucros do legado de Michael Jackson
A estreia do documentário "Deixando Neverland", na HBO, não teve efeitos muito significativos na arrecadação de dinheiro do legado de Michael Jackson. O cantor, que morreu em 2009, continua sendo uma superpotência em diversas áreas do entretenimento.
Segundo um levantamento da Billboard, a estreia do documentário em duas partes no qual James Safechuck e Wade Robson detalham suas acusações de abuso sexual contra o cantor só causou prejuízo para as reproduções das músicas de Jackson no rádio.
Do final de fevereiro até agora, os ouvintes de Michael Jackson no rádio norte-americano caíram de 97 milhões para 62,7 milhões (uma diferença de mais de 30%). No entanto, o cantor ainda supera ou se iguala outros ícones do pop, como Madonna (56 milhões) e Prince (64,5 milhões), no rádio.
Enquanto isso, a música de Jackson continua em alta demanda nos serviços de streaming como Spotify, Apple Music e Deezer. As obras do cantor foram ouvidas 8,8% a mais desde a estreia do documentário, e as vendas em plataformas como o iTunes subiram 5,7%.
O legado de Jackson atinge diversas outras áreas, no entanto. Em parceria com o Cirque de Soleil, a família do cantor produz o show "ONE", que viu suas vendas aumentarem em 60% desde a estreia de "Deixando Neverland".
Na Broadway, o musical "Don't Stop 'Till You Get Enough", inspirado pela vida e obra de Jackson, continua previsto para estreia em 2020. O produtor Howard Weitzman, no entanto, cancelou uma "performance teste" em Chicago poucos dias antes da estreia do documentário.
Enquanto isso, a área de merchandising tomou um baque quando a grife Louis Vuitton cancelou uma linha de roupas e acessórios inspiradas em Jackson. Por fim, a companhia imobiliária que tenta vender o rancho Neverland baixou o preço de US$ 100 milhões para US$ 30 milhões após a exibição do filme.
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