"BTS é o Rolling Stones do k-pop": O clima na fila da compra de ingressos
Duas horas depois da abertura das bilheterias, o movimento na venda de ingressos para o show do grupo BTS no Brasil, no dia 25 de maio, ainda era intenso na avenida Francisco Matarazzo, nas proximidades do estádio Allianz Parque, em São Paulo. Um número estimado entre 7.000 e 8.000 pessoas aguardava para comprar um ingresso físico e a fila chegava até ao shopping West Plaza, a cerca de 500 m do local. Pela internet, a venda de ingressos se esgotou em menos de 2 horas.
A Live Nation, que produz a turnê brasileira, não informa o número da cota de ingressos na bilheteria. Mas, em frente ao local, o público se aglomerava nas grades em busca de informações. Alguns pais que conseguiam se aproximar arremessavam cartões para os filhos que chegavam aos guichês. Com dezenas de funcionários mobilizados para manter a ordem, a organização orientava as pessoas que já estavam na fila.
O movimento incomum para uma segunda-feira à tarde logo chamou a atenção de ambulantes. Eles circulavam com bebidas nos isopores reciclados do Carnaval de rua. Alguns já traziam itens personalizados do grupo, como pulseiras, bottons, camisetas e faixas de cabelo.
"O BTS é o Rolling Stones do k-pop", diz Edwin Portal, ambulante peruano que vendia pulseiras e faixas de cabeça personalizadas. "Eu mesmo produzo meus itens. O BTS também é muito famoso no Peru, sei o tamanho deles. Por isso resolvi vir. Hoje ainda não vendi muito, mas no dia do show vai mais", garantiu.
Já Brenda Silva Soares já havia vendido cerca de 70 dos 150 bottons que produziu para comercializar na fila. Quem deu a dica foi uma amiga fã de k-pop. "Baixei as fotos, produzi, e corri pra cá", conta ela, que vendia cada broche a R$ 5. Enquanto falava com a reportagem vendeu mais dois.
Com a chuva se aproximando, as capas de chuva logo passaram de R$ 5 para R$ 10. "A chuva tá chegando", alertavam os ambulantes.
Abertura das vendas
Bastante organizada, a fila abriu pontualmente ao meio-dia e seguiu a ordem estabelecida pelos fãs que ocupavam os primeiros lugares. Os funcionários orientavam os fãs e a alta demanda era atendida simultaneamente por oito guichês, inclusive de uma fila preferencial formada por idosos, pessoas com carrinho de bebês e deficientes.
Já a calçada em frente à bilheteria ficou tomada por pais aguardando os filhos e possíveis cambistas de olho nos primeiros fãs que saiam com os ingressos em mãos. O movimento dos cambistas era evidente, mas a reportagem não flagrou ninguém oferecendo ingressos. "Eles chegam aqui, entram na fila, e ficam perguntando para gente quem é BTS", acusou a fã Nayane Salvador, primeira da fila preferencial.
A menina ainda reclamou que os cambistas deixam sujeira por onde passam e não respeitam as regras de limpeza estabelecidas pelas "Army", como é chamado o fandom do BTS. Segundo Nayane, as fãs chegaram a acionar a polícia ontem à noite, que levou um dos cambistas mas o liberou em seguida.
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