Família de Michael Jackson envia carta ao diretor da HBO, que mantém filme
Em mais uma tentativa de barrar a exibição do polêmico documentário "Leaving Neverland", a família de Michael Jackson enviou uma carta de dez páginas ao CEO da HBO, Richard Plepler, afirmando que o filme produzido pela emissora é uma "atração sensacionalista" e "vergonhosa", publicou o site "Deadline".
Os administradores do espólio do astro, que morreu em 2009, advertem que em nenhum momento foram contatados pelo diretor do filme, Dan Reed, "para fornecer as opiniões e as respostas às acusações absolutamente falsas que são objeto".
Segundo os Jacksons, a produção só ouviu um lado da história e "ninguém mais que possa oferecer evidências para contradizer a versão defendida, como o próprio Dan Reed admitiu".
Em um comunicado enviado ao site Pitchfork, a HBO diz que, apesar das críticas recorrentes da família Jackson, os planos de exibir comercialmente o filme no mundo, a partir de março, não serão afetados pela carta.
"Dan Reed é um cineasta premiado que vê de perto as contas desses sobreviventes. As pessoas devem reservar julgamento até verem o filme." A HBO norte-americana confirmou nesta sexta (8) que exibirá "Leaving Neverland" nos dias 3 e 4 de março.
O documentário
"Leaving Neverland" detalha abusos que Michael Jackson teria cometido contra crianças no início dos anos 90, no rancho do cantor.
A sinopse oficial do filme, que traz depoimentos de Wade Robson, James Safechuck e de suas famílias, descreve: "No auge do seu estrelato, Michael Jackson começou relacionamentos duradouros com dois garotos de 7 e 10 anos. Agora com 30 anos, eles contam a história de como foram abusados sexualmente por Jackson e como eles chegaram a um acordo anos depois".
Ambos chegaram a depor a favor de Michael Jackson na corte quando o cantor foi julgado, o que gerou a revolta dos administradores do espólio do artista, que acusam os rapazes de "mentirosos".
Críticas
Os gestores do espólio do artista ficaram revoltados com a produção, classificando o documentário de de "linchamento público".
Na estreia no Festival de Cinema de Sundance, a produção gerou reações distintas: centenas de fãs do cantor protestaram na porta do cinema defendendo o artista das acusações. Parte da plateia, no entanto, ficou chocada com os relatos detalhados exibidos pela primeira vez no filme de quatro horas de duração.
O diretor Dan Reed vem se defendendo das acusações. "Eu não caracterizei Michael em tudo no filme. Eu acho que, se você assistir, você notará que é uma história sobre essas duas famílias e Jackson é um elemento dessa história. Mas eu não procuro caracterizá-lo. Eu não comento sobre Michael. Não é um filme sobre ele. O filme em si é um relato de abuso sexual, como o abuso sexual acontece e quais são as consequências mais tarde na vida", salientou o cineasta.
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