Liga da Justiça brasileira? Quadrinista cria super-heróis para defender o país
Com capa azul e collant verde e amarelo, um boneco de 50 cm está chamando a atenção do público na Artist Alley, da CCXP 2018 (Comic Con Experience), em São Paulo. É representação do herói brasileiro Amanhecer, criado pelo quadrinista Daniel Vardi, 46, que se inspirou na história do Capitão América para dar vida ao seu personagem.
Amanhecer foi criado por Vardi em 1993, mas foi só há um mês que as primeiras edições em quadrinhos foram publicadas, com produção executiva de Dante Schiffini. Ex-jornalista, Vardi nunca tinha conseguido lançar seu personagem comercialmente. Após trabalhar em vários veículos de comunicação, ele decidiu largar tudo e seguir o sonho de ser quadrinista.
"Minha ideia era lançá-lo no início do ano, mas percebi que as tensões políticas estavam muito exaltadas. Eu não queria que o Amanhecer fosse usado por qualquer lado político. Então, esperei as eleições passarem para finalmente lançá-lo", explicou, afastando qualquer inspiração política para a sua criação.
Amanhecer é um supersoldado criado nos anos 1980 por uma agência secreta do governo que queria um símbolo que aumentasse a autoestima do povo brasileiro. Forças ocultas, no entanto, tentaram impedir a criação do herói e sabotaram o programa explodindo a usina nuclear de Angra 1. O acidente, ao invés de acabar com os planos do governo, ajudou a criar um dos super-heróis mais poderosos do Brasil.
Vardi contou que a sua ideia não era criar apenas um personagem isolado e, sim, todo um universo de novos heróis para, juntos, formarem o Time da Luz, uma espécie de Liga da Justiça brasileira. As primeiras edições de Amanhecer vão contar as origens de todos os heróis. O sonho de Vardi é que, no futuro, o personagem possa até virar filme.
Os outros heróis do Time são A.R.A.R.A (um piloto baiano da Força Aérea dono de um uniforme superpoderoso), Paladino (guerreiro imortal que veio do exterior viver no Brasil), Boiadeiro (ex-capataz pobre que descobre uma mutação que o permite entender tecnologia alienígenas) e as duas mulheres mais poderosas da trama Helena Miranda (líder da Metalmark, uma agência secreta parecida com a Shield) e Lia Letal, a mulher mais forte do mundo.
"O que eu mais ouço de quadrinistas e colecionadores é que heróis brasileiros, como o Amanhecer nunca dão certo no Brasil. Mas eu não acredito nisso. Eu acho que existe espaço para esse tipo de personagem", disse. "Porque a gente aceita o conceito de um herói como o Capitão América e não pode aceitar o Amanhecer?".
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