"Não seremos levianos para 'chutar' o que foi perdido", diz diretor do Museu Nacional
Em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (3) em frente ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o diretor Alexandre Kellner afirmou ser leviano, neste momento, estimar o que foi perdido. "Não vou 'chutar' o que foi perdido. Antes de dar qualquer informação oficial, vamos entrar lá e fazer um levantamento completo", disse.
O diretor afirmou, no entanto, que deu para observar que o Meteorito de Bendegó, encontrado no sertão brasileiro em 1784, resistiu ao incêndio. "Assim como aquele meteorito, o Museu Nacional também vai resistir".
A instituição foi fundada por Dom João 6º em 1818 e possuía quinto maior acervo do mundo, com mais de 20 milhões de peças. O local, que completou 200 anos recentemente, era referência para pesquisadores das mais diversas áreas.
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"O país está de luto. Perdemos parte do nosso acerto, mas não vamos perder parte da nossa história", afirmou Kellner. O diretor implorou por ajuda. "Não adianta manchetes de jornal. Precisamos de ajuda. Precisamos que as pessoas se indignem", afirmou. Kellner acusou ainda o Governo Federal.
"Estamos implorando um terreno aqui ao lado. Bastava bom senso e parte dessa tragédia poderia ter sido evitada", disse o diretor, se referindo sobre um terreno que era pleiteado pelo museu.
Ao lado de Kellner, também estava o reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Roberto Leher, que afirmou que o prédio estava em condições vulneráveis. "Um incêndio dessa escala demonstrou que o museu precisava de mais prevenção".
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