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"É comum no futebol você xingar o colega", diz Sturm após discutir com Secretário

Tiago Dias

Do UOL, em São Paulo

13/06/2017 13h46

O secretário municipal de Cultura de São Paulo, André Sturm, afirmou ao UOL que a discussão com Milton Flávio (titular de Relações Institucionais) foi “apenas um desentendimento que acontece entre colegas de trabalho. Sem consequências”, 

Em um vídeo gravado nesta terça-feira (13) ao lado de Flávio, Sturm usou o futebol para comentar o caso: “É comum você xingar seu colega porque ele não passou a bola direito, brigar, discutir. Acabou jogo, todo mundo é amigo, o objetivo é ganhar”, disse.

A discussão entre os secretários do prefeito João Doria aconteceu na sede da prefeitura na tarde de segunda-feira (12) e foi gravada pela Frente Única da Cultura SP.

A confusão aconteceu quando Sturm, que se reuniria com Flávio para discutir o orçamento no setor, deu de cara com agentes culturais que invadiram a secretaria no início do mês. No vídeo, Sturm classifica a atuação de Flávio como “molecagem” e acusa o colega de governo de "vendê-lo" para ser "agredido e xingado". "Isso é sacanagem! Você mandou eu vir aqui hoje, eu estive aqui hoje às 2h da tarde... Você me fez fazer papel de palhaço!" 

Segundo Sturm, o desentendimento foi resolvido minutos depois, ainda na prefeitura.

A paz também foi selada no vídeo com Flávio, que também valeu-se de uma analogia futebolística para explicar a discussão. "Por conta da grama escorregadia e a bola molhada, acabamos dando umas caneladas que não precisariam ter acontecido”, disse. “Já no vestiário, sentamos, nos abraçamos e rimos até da nossa atuação”.

Flávio comenta que os desafios e as pressões são grandes, mas que os dois vão continuar “em busca de uma cultura cada vez melhor”.

Veja o vídeo da discussão:

Cultura em protesto

A discussão entre Sturm e Flávio acontece duas semanas após o titular da Cultura ser gravado ameaçando “quebrar a cara” de um agente cultural por conta de um impasse na gestão da Casa de Cultura Ermelino Matarazzo.

Na ocasião, o secretário disse que fora provocado. “O problema é que muitas pessoas não estão interessadas em dialogar, elas querem brigar. Aí eu caí na armadilha, perdi a linha, fiquei nervoso. Eu deveria ter mantido a calma.”

Sturm tem sido alvo de protestos desde o início da gestão e enfrentou críticas pelas mudanças na Virada Cultural e a remoção de grafites na cidade. No início dessa semana, o edital do Carnaval de São Paulo também foi colocado em xeque.