Cortejo fúnebre de rapper Nipsey Hussle em Los Angeles termina com 1 morto

Milhares de pessoas se despediram, ontem, em Los Angeles (Estados Unidos), do rapper Nipsey Hussle, assassinado a tiros, aos 33 anos, no dia 31 de março.

O dia, que começou com a demonstração do grande respeito e carinho que a comunidade negra sentia pelo músico, terminou, no entanto, com uma nota muito negativa devido ao tiroteio em um trecho do cortejo fúnebre, deixando um morto e três feridos.

"Temos que parar com essa violência sem sentido", disse o chefe da polícia de Los Angeles, Michel Moore, no Twitter, ao anunciar o fato.

O Staples Center, ginásio com capacidade para 21 mil pessoas, onde jogam os Clippers e Lakers, da NBA, foi o local escolhido para que os fãs de Nipsey Hussle pudessem se despedir do rapper.

Lendas da música negra como Stevie Wonder e Snoop Dogg discursaram durante a cerimônia.

Além disso, foi lida uma carta escrita pelo ex-presidente dos EUA, Barack Obama.

"Enquanto a maioria olha para o bairro de Crenshaw, onde ele cresceu, e só vê gangues, balas e desespero, Nipsey viu potencial, ele viu esperança", afirmou.

Mais tarde, o corpo do rapper, em um carro decorado com bandeiras da Eritréia (o país de sua ascendência), deixou o centro da cidade, onde fica o Staples Center, para percorrer as ruas de South Los Angeles, uma área conhecida por sua pobreza e violência e onde o artista cresceu.

Orgulhoso de suas origens modestas, Ermias Asghedom, seu nome verdadeiro, não foi apenas um dos mais proeminentes rappers da costa oeste nos últimos anos, mas também conhecido por seu trabalho social e filantrópico para tentar desenvolver sua comunidade.

Nipsey Hussle lançou no ano passado seu álbum de estreia, "Victory Lap". Graças a este disco, foi indicado ao prêmio de melhor disco de rap na 61ª edição do Grammy.

O assassinato de Nipsey Hussle ocorreu na tarde do dia 31 de março, em frente a sua loja Marathon Clothing.

Dois dias depois do crime, os policiais prenderam Eric Holder, de 29 anos, como suspeito.

O rap americano, um mundo em que as mortes prematuras devidas à violência têm sido frequentes ao longo da sua história, sofreu no ano passado com os assassinatos de XXXTentacion e Jimmy Wopo.