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Spike Lee questiona se comentários racistas de Neeson foram "uma confissão"

O diretor Spike Lee promove o filme "Infiltrado na Klan"  - Getty Images
O diretor Spike Lee promove o filme "Infiltrado na Klan" Imagem: Getty Images

Em Londres (Inglaterra)

10/02/2019 13h09

O diretor americano Spike Lee questionou neste domingo se os recentes comentários racistas do ator norte-irlandês Liam Neeson, que explicou que uma vez quis matar um negro para se vingar de um estupro, foram "uma forma de confissão" católica.

Lee foi perguntado sobre o assunto no Programa de Andrew Marr da BBC1, no qual participou por ocasião da noite dos prêmios do cinema britânicos Bafta, ao qual concorre com seu filme "Infiltrados na Klan".

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O diretor de "Malcolm X" disse "não entender" o que Neeson, de 66 anos, pretendia quando contou a lembrança a uma jornalista do The Independent durante a promoção de seu último filme, "Vingança a Sangue Frio".

"Vivemos em um mundo estranho", observou Lee após reconhecer que estava indignado pelos fatos. "Ouvi que estava promovendo seu último filme, sobre vingança. Sei que ele é católico. Seria uma forma de confissão? Não sei, seria preciso perguntar para ele", declarou o cineasta.

Em 4 de fevereiro, o jornal britânico publicou uma entrevista com Neeson na qual o ator comentou que décadas atrás saiu às ruas por vários dias seguidos em busca de um negro qualquer a fim de matá-lo como vingança pelo estupro sofrido por uma amiga.

Apesar de ter se desculpado pelas palavras, o ator segue sendo muito criticado e nos últimos dias suspendeu várias entrevistas. 

4 Comentários

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Silvio Costa

Para quem pratica a violência, o tempo pode ser um excelente remédio. Já para quem sofre, não há como apagar a cicatriz. Se aconteceu há 30 ou 40 anos e o autor da violência (no caso, o ator), dela não mais se lembra, que bom para ele. Pena para quem, eventualmente, sofreu com suas ações, que, talvez, jamais se esqueça...

trentinors

sempre o mesmo mimimi de racismo. Pegam coisas de 30 oiu 40 anos atras. Babaquice

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