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Academia aumenta a presença de minorias entre os eleitores do Oscar

Letitia Wright, a Shuri de Pantera Negra e Vingadores: Guerra Infinita, é uma das novas votantes da Academia - Chuck Zlotnick/Marvel
Letitia Wright, a Shuri de Pantera Negra e Vingadores: Guerra Infinita, é uma das novas votantes da Academia Imagem: Chuck Zlotnick/Marvel

Anousha Sakoui

02/07/2019 14h13

Um maior número de jovens, mulheres e pessoas não brancas agora decide quem deve levar o Oscar.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, cujos mais de 7.000 eleitores sempre foram, em sua maioria, homens brancos e mais velhos, acrescentou 842 novos membros de 59 países como parte de um esforço para aumentar a diversificação. Metade são mulheres e 39% são pessoas não brancas.

As cantoras Lady Gaga e Adele estão entre os novos votantes que aumentaram a participação de mulheres no grupo de 25% para 32% nos últimos quatro anos. O número de pessoas não brancas dobrou: os atores Sterling K. Brown e Letitia Wright agora também estão entre os eleitores, segundo informações da Academia divulgadas ontem.

O objetivo é trazer novos membros que irão avaliar uma seleção mais ampla de atores, diretores e outros criadores ao selecionar os indicados ao Oscar. A mudança foi resultado da campanha #OscarsSoWhite, liderada pela ativista April Reign, que destacou a ausência de minorias.

Até recentemente, a Academia mantinha a composição de seus membros em sigilo. Os únicos dados disponíveis até então eram de um estudo publicado em 2012 pelo Los Angeles Times, revelando que 94% dos eleitores eram brancos, e 77% do sexo masculino.

Entre os novos eleitores convidados, destaque também para os brasileiros como Laís Bodanzky, conhecida por dirigir filmes como O Bicho de Sete Cabeças e As Melhores Coisas do Mundo, e Lucy e Luiz Carlos Barreto, casal que está por trás de sucessos do cinema nacional, como Casa de Areia, O Que é Isso Companheiro?, O Quatrilho e Flores Raras.