Festival de Veneza mantém programação em setembro e critica Cannes
A Bienal de Veneza confirmou a realização de sua 77ª Mostra Internacional de Arte Cinematográfica entre os dias 2 e 12 de setembro, apesar da pandemia do novo coronavírus.
Junto de Berlim, realizado entre 20 de fevereiro e 1º de março, e Cannes, adiado em função da crise sanitária, Veneza forma a tríade dos principais festivais de cinema da Europa.
Em coletiva de imprensa nesta segunda, o presidente da Bienal, Roberto Cicutto, disse que a mostra pode ser um "grande laboratório" para a gestão das salas de cinema na Itália em meio à pandemia.
"Acredito que o festival possa ter uma extraterritorialidade em relação às medidas de segurança, um sinal que depois pode se estender a outras salas", afirmou.
Ele ainda criticou o Festival de Cannes por não decidir o que fazer com a edição do evento em 2020. "Tudo é possível, mas acho desconcertante que Thierry Frémaux [diretor do festival] diga que continua a estudar e não diga o que quer fazer", acrescentou, respondendo aos jornalistas sobre uma eventual colaboração entre as duas mostras.
"Nós vamos em frente com o nosso programa. Se Cannes ainda está pensando, então não tem diálogo. Não há nenhuma hipótese hoje", disse.
Por outro lado, a Bienal de Veneza adiou seus festivais de Teatro e de Dança Contemporânea para 14 a 24 de setembro e para 13 a 25 de outubro, respectivamente. Os eventos aconteceriam entre 29 de junho e 13 de julho e de 5 a 14 de junho.
A Bienal de Arquitetura, que começaria em 23 de maio, já havia sido adiada para 29 de agosto.
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